segunda-feira, 31 de julho de 2017

Rio Li, China: de Guilin a Yangshuo.

 
 












Fotografias de Onésimo Teotónio de Almeida


 

domingo, 30 de julho de 2017

A casa de Capa.



Fotografia de Robert Capa, 1936


Rua Peironcely, nº 10, Entrevías, Madrid (na actualidade)



Já falámos aqui e aqui, e outras vezes, de Robert Capa. Sobretudo de Capa em Córdova. Hoje, e como o Malomil adora este género de histórias, Capa em Madrid. Uma fotografia célebre, que agora se costuma chamar «icónica», captada no auge da Guerra Civil, em 1936. Rua Peironcely nº 10, em Madrid. A casa, situada no bairro de Entrevías, nada tem de especial que a destaque ou singularize. Aliás, nem sequer é bonita ou expressiva do que quer que seja. Mas foi fotografada por Robert Capa, quando os Junckers de Hitler bombardeavam a capital espanhola,. Morir en Madrid, portanto. Daí que tenha nascido um movimento para evitar a destruição desta casa, que, pelo que nos diz o El País, aqui, irá de facto ser resgatada da demolição iminente. Graças à intervenção das autoridades municipais, Um excesso de memória? Talvez, não se sabe. O que se sabe é que a casa por onde passou Hannah Arendt em Lisboa, na Rua da Sociedade Farmacêutica, está, julgamos, a ameaçar ruína ou num adiantado estado de degradação. Nem sequer uma placa assinala a presença da célebre filósofa naquele edifício. Se fosse lá fora… 
 
António Araújo





sábado, 29 de julho de 2017

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Obama cares.


 
 
         Mais extraordinário do que Obama ter ascendência irlandesa é o comércio que se montou em torno dessa genealogia gaélica do antigo Presidente norte-americano. Saindo de Dublin, numa área de serviço na auto-estrada, a Obama Plaza. Foi ali, por bandas de Moneygall, que terá nascido um antepassado de Barack, ligação que foi descoberta em 2007, quando Obama era uma estrela ascendente do Partido Democrata e, claro, vinha mesmo a calhar um apoio do eleitorado de origem irlandesa. Isto para não falar, claro, do paralelismo com Kennedy, sempre oportuno.

 
 
         Em Moneygall, uma aldeiazita que conta actualmente com 298 alminhas, vivia um sapateiro de 19 anos chamado Falmouth Kearney, que embarcou rumo à América para fugir à Grande Fome e desaguou em Nova Iorque aos dias 20 do mês de Março de 1850. O seu pai, aliás, já tinha emigrado no ano anterior. Dois depois de assentar nos Estados Unidos, Falmouth casou com Charlotte Holloway. Em 1860, viviam em Deerfield, no Ohio, mas o censo de 1870 já mostra o casal a residir em Tipton County, Indiana. Charlotte Kearney morreu 1877 e, no ano seguinte, o marido também faleceu. Deixaram três filhos e cinco filhas. Uma delas, Mary Anne, teve um neto chamado Stanley Armour Durham, cuja filha deu à luz, em Agosto de 1961, um rapazito de nome Barack Hussein Obama.
 








 



 
 
 
Fotografias de António Araújo

 
         Numa visita à Irlanda (onde Trump tinha ou tem alguns campos de golfe…), Obama e Michelle fizeram questão de ir a Moneygall. Foi uma festa! Bebeu uma Guinness, claro, conviveu com o povo, e a partir daí fez-se um museu, onde até se guarda a ementa da refeição com que o casal presidencial foi brindado. Houve assinaturas de livros de honra e, claro, o local tornou-se uma atracção turística, a um ponto tal que não podemos deixar de, no mínimo, sorrir com tanto kitsch e merchandising. Até moedas comemorativas de Obama se podem cunhar, numa daquelas máquinas que encontramos nas catedrais da Europa ou em castelos imponentes. O busto de Kennedy, a caneca por onde bebeu cerveja, o retrato-robô do seu antepassado, uma estrela no chão como em Hollywood, bandeiras irlandesas e americanas, estamos em Obama Plaza (http://barackobamaplaza.ie/), um local improvável. Por isso, repetimos: o mundo é um lugar estranho.
 
António Araújo