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Em Dezembro do ano passado, publiquei aqui Uma História Pequenina, em que mostrava um álbum de criança, dos anos quarenta. Escrevi o pouco (ou nada) que sabia:
Não, não me perguntem quem era e o que lhe aconteceu depois. Esta é uma história pequenina que começa e acaba aqui. Mais, não sei. Comprei este álbum na Feira da Ladra e devolvê-lo-ei a quem provar pertencer-lhe. Nem sei sequer se ainda é viva. Nasceu, cresceu, teve as febres da idade, passeou no Jardim da Estrela. Tudo aí está, meticulosamente anotado no álbum da menina dos pais. Enquanto isso, lá fora uma guerra mundial fazia mais de 60 milhões de mortos. Uma história pequenina nos escombros da História grande.
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Falaram-me mais tarde, falei com a proprietária – e destinatária – do resumo daquela infância. Agora, sei que está viva. E sei que com ela tem netos, a quem mostra o álbum que, por um acaso, foi parar à Feira da Ladra, onde o encontrei. Recebi hoje esta mensagem:
Foi com imenso prazer e emoção que (re)descobri esta «História Pequenina» escrita pela minha mãe há quase 70 anos.
Muito obrigada por tão generosamente ter recuperado esta história permitindo à protagonista revivê-la e partilhá-la com os netos.
Aqui vai para o seu blog a fotografia citada no livro, feita em 26 de Julho de 1943.
Um abraço e parabéns pelo seu óptimo blog.
Manuela Pinto Nogueira
Em 1943, uma Mãe escreveu sobre a sua filha:
Tirou o 1º retrato em 12-9-42 e os dois seguintes em 26-I-43
Aqui está o retrato:
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E pronto. Assim termina uma história pequenina. Mais palavras? Seriam inúteis. Nem eu, se quisesse, as conseguiria escrever.
António Araújo
que história(s) bonita(s) :)
ResponderEliminarp.s. o seu 1º link, em "Uma História Pequenina", não está acessível ;)