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John Savio |
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Provou-se mais uma vez que a democracia é prática e é saudável. Mas agora as pessoas que votam têm de compreender que só podem votar em quem devem votar ou a democracia deixa de funcionar. É um sistema assim. Alguém que, por maldade ou estupidez, vote em quem não deva votar, está a arranjar um monte de complicações a quem quer que a democracia funcione de forma prática e saudável. Para a democracia funcionar bem é essencial que os votantes votem em quem devem e não em quem querem votar. Há tratados, há acordos, há políticas, há gente a trabalhar em projectos, há quem já tenha sido pago e ainda não tenha entregue o relatório! Alterar isto é pôr em risco a democracia. É deitar a perder o que ficou estabelecido e o proceder do que está em processo. Uma democracia saudável é aquela em que nada muda e em que o Presidente da França é sempre o mesmo Presidente da França! Porque ao retirar da equação o mesmo Presidente da França (ou outro mesmo Presidente qualquer) e inserindo na equação uma variável indeterminada, ou seja, vade retro, “outro” Presidente da França, como é que a democracia vai funcionar? É um sistema político extraordinariamente prático, mas os votantes têm de compreender que nada pode mudar nunca. É muito parecido com não-democracia, mas assim é que é saudável. É apenas um processo que tem de ser mesmo assim, ou não funciona. Portanto, cuidado.
Luísa Costa Gomes
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