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Dizem os
especialistas que o cancro se vai tornar, ou já é, uma doença crónica. Que, em
breve, dos «3 em 1», que deram o mote ao livro One in Three, vamos para passar para «2 em 1» quanto à incidência
de cancro. Uma em cada duas pessoas vai ter cancro, ainda que as probabilidades
de cura sejam cada vez maiores, sobretudo para certos tipos de cancro.
O cancro da mama afecta milhares de
mulheres em todo o mundo. Mas o cancro da mama não é necessariamente o fim do
mundo. Não é nova a ideia de fotografar os peitos cicatrizados de mulheres que
foram alvo de mastectomias ou de reconstruções mamárias. Em todo o caso, merece referência o SCAR Project.
Diversas mulheres jovens, entre os 18 e os 35 anos, sobreviventes de cancro da
mama, deixaram-se retratar pelo fotógrafo de moda David Jay. O cancro da mama é
a principal causa de morte por cancro nas mulheres entre os 15 e os 40 anos.
Aquilo que começou por ser uma campanha de angariação de fundos e de prevenção
tornou-se um manifesto libertador para as mais de 100 mulheres – a mais nova
das quais com 18 anos – que até agora aceitaram posar para David Jay. Nas
palavras deste, «para estas jovens, serem fotografadas representou a sua
vitória pessoal sobre esta terrível doença. Ajudou-as a reivindicarem a sua
feminilidade, a sua sexualidade, identidade e poder...».
Não sabemos, isso cabe a cada qual
ajuizar; sobretudo, a cada uma das mulheres fotografadas. Nos Estados Unidos, há
movimentos que, na esteira do gay pride,
reclamam o disability pride, o
«orgulho na deficiência». A discussão levar-nos-ia muito longe, começando,
desde logo, por saber até que ponto isto pode ser considerado «deficiência».
Queremos apenas chamar a atenção para este projecto, que já deu lugar a uma
exposição itinerante, a um livro e a um documentário, Baring It All:
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