«As
imagens surgiam espontaneamente. Inebriavam-me. Aquilo que eu via dentro da
cabeça, antes ainda das palavras, ou ao mesmo tempo que elas surgiam, aquilo
que eu via era de uma tal beleza que eu comovia-me todo, atrapalhava-me. Então
interrompia, deixava escapar as frases, ficava à toa. Forçava-me a puxar aquela
narradora para baixo, porque a cabeça dela ascendia às nuvens. Deixada à solta,
estava sempre a entrar no domínio do delírio.»
(Valter
Hugo Mãe, in Expresso/Actual, de
21/9/2013)
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