Há dias, publiquei aqui algumas imagens de famílias dos USA, um festival de foleirismo norte-americano. Agora que Vladimir Putin
superou Barack Obama na lista dos mais poderosos da Forbes, é tempo de mostrar a Velha Rússia. Quando recebi estas
imagens, não sei porquê, lembrei-me de um livro, The Killer Department. Conta a história da perseguição e captura do
horrível Andrei Chikatilo, assassino em série, canibal insano. Um retrato devastador
dos tempos terminais da União Soviética. Percebi melhor a derrocada da URSS ao
ler esse livro do que a passar os olhos por doutas análises académicas e
ensaios oportunistas de ocasião. Estas imagens convocam o lado grotesco da
Rússia, um dos países mais desconcertantes que conheci, terra imensa e áspera
que mistura o pior foleirismo com a maior
profundidade e densidade de emoções. Na Rússia tudo se serve em extremo, do
frio ao mau-gosto passando pela beleza pura, aquela que nasce do sofrimento. Vindas daqui, estas
imagens não são de beleza, ainda que pretendam sê-lo. São imagens de sites de encontros românticos. É assim
que muitos russos, jovens, se apresentam ao mundo, naquilo que julgam ser a
sua melhor face. Dá para rir ou para arrepiar, entre a troça pelo kitsch e a percepção incómoda de que por aqui vagueia algo que é doentio e tristíssimo, até mesmo perverso. Do que se trata, não sei.
Aterrador! Um banho de espuma na pia do lava louça?
ResponderEliminarÉ na pia da louça? Agora entendo as luvas...
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