O mundo é um lugar estranho.

Sweetie

 

 

Percorrendo o noticiário internacional chegamos sempre à conclusão: o mundo é um lugar estranho. Na Nicarágua, Daniel Ortega quer rever a Constituição para se manter perpetuamente na Presidência do país, pois só assim conseguirá adaptar a democracia à medida do sandinismo (não deveria ser o contrário?). Do mesmo passo, entregou, sem concurso, a concessão do controverso canal interoceânico a um empresário chinês. Na Venezuela, Nicolás Maduro veio a público afirmar que o rosto de Hugo Chávez apareceu numa rocha durante a escavação do metropolitano de Caracas. Não contente, e fazendo jus ao lema Natal é quando um homem quiser..., decretou que o nascimento de Cristo se celebrará na Venezuela em... Novembro. Que dirão disto tudo os actuais ou antigos apoiantes do sandinismo de Ortega ou do chavismo venezuelano? Bem, os Estados Unidos não têm muita moral para falar: além de andarem à escuta de meio mundo, continuam a aplicar a pena de morte e, pior ainda, de uma forma cada vez mais cruel. Ah, no Brunei foi aprovada a lapidação para as mulheres adúlteras. Maldades do islamismo, um exclusivo oriental? Talvez não: na Holanda, uma organização não-governamental que combate a pedofilia criou uma imagem virtual de uma menina de dez anos, de nacionalidade filipina. «Sweetie», assim se chamava a boneca, atraiu na Net, em poucas semanas, cerca de  20.000 adultos, de 71  nacionalidades. Os dados foram transmitidos à Interpol.