Pátria Amada 2,10m de altura |
Na passada
quinta-feira, aos 20 dias do mês de Março do corrente, terminou Leôncio.
Pois sim. Concluiu o causídico brasiliense a sua obra magna. Pátria Amada, de seu nome. Pois são 7,5 toneladas de papel,
alinhado em 41 mil páginas. Assim protesta Leôncio. Leôncio? Leôncio, não.
Doutor Vinícios Leôncio, autor de livro com 2,10m, escrito a Arial,
tipo 22. Óbvio demais: entrou de rompante no Guinness. Gastou 23 anos de vida a elaborar Pátria Amada, por vezes com o auxílio de colaboradores, que chegaram a ser 37 ao todo. Ontem, aos 25 dias destas águas de Março, ofereceu Leôncio seu
calhamaço ao Congresso. Tudo no Federal. Sem apoios ou subsídios. Gastou um
milhão de reais na empresa, que era de tomo. Mais de 30% da quantia total foi
gasta em impostos, tributos e outros agravos fiscais.
Vinícios Leôncio, 54 anos |
O livro, aliás, não é
obra literária, mas a compilação – ademais, parcelar – das leis tributárias aplicadas
no país-irmão. Isto não é Literatura, portanto. É Arte Performativa, gesto de
protesto contra tanta lei tributária e regulamento fiscal que recai sobre o
cidadão-contribuinte. Leôncio, advogado libertário. Nasceu na cidade de
Iguatama, em Minas Gerais, o que, por si só, é matéria assaz colectável.
Formou-se na prestigiada Faculdade de Direito do Oeste de Minas, na não menos
prestigiada localidade de Divinipólis. Leôncio casou, divorciou, teve três filhos e
outros tantos enfartes, ao miocárdio. Casou de novo, mais uma renda. Agora, grita bem alto, do cimo de 41 mil folhas. A
compilação de legislação é, assevera, um gesto de amor pátrio. Daí o título Pátria Amada. E o mundo, sem dúvida, é
um lugar mara-vi-lho-so.
Paguem-lhe uma passagem para Lisboa, convidem-no a reunir no mesmo tipo de livro toda a legislação que há por cá e dêem-lhe a Amazónia como fonte de papel que é capaz de não chegar.
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