quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Kuniyoshi, o mundo flutuante.

 
 
 
 





 
O Marcos anda a desenhar umas fantásticas baleias, entre outras coisas fantásticas. Por isso, lembrei-me de lhe agradecer mostrando uma baleia fantástica, talvez a «imagem de marca» do genial Utagawa Kuniysohi (1798-1861), do qual está patente uma fantástica exposição… em Milão. Se de Hokusai, outro génio nipónico, se fala sempre da onda, a célebre «onda do Hokusai» qyue figura em tudo quanto é poster, íman para o frigorífico e demais patetadas, de Kuniyoshi, bem menos conhecido, fala-se da baleia. Veja-se o merchandising da Skira, aqui. Mas Kuniysohi tem uma obra mais vasta do que a baleia, uma obra interminável e bizarra. Abstemo-nos da componente erótica e, por hoje, só mostramos alguns monstros, dos grandes e bons, aterradores q.b. Os discípulos do mestre tiveram todos, óvalhadeus, nomes começados por y e foram estes: Yoshitoshi, Yoshitora, Yoshiiku, Yoshikazu, Yoshitsuya e, claro, o bem conhecido Yoshifuji. E, na esteira destes, tudo quanto é desenhador de mangá.
Delícia das delícias, há um catálogo raisonné online da obra deste ilustrador, com mais de 5.000 imagens (http://www.kuniyoshiproject.com/). Escusava eu, se o soubesse, de ter comprado este livro, fantástico como fantásticas são as obras de Kuniyoshi e do grande Marcos. Em breve, até porque é uma das facetas mais interessantes do seu trabalho, conto mostrar os rostos kómikos de Kuniyoshi que se assemelham aos de Arcimboldo, outro génio do nonsense pictórico. Para o Marcos, vai um abraço do
 
António Araújo
 

Sem comentários:

Enviar um comentário