ClennonWashington King Jr.
foi um dos vários filhos de Clennon Washington King Sr., mas não é certamente
por isso que será recordado. Nem por ter nascido em 1920 e morrido em 2000, em
Miami, de cancro da próstata. Talvez por ter sido o primeiro negro que se
candidatou à Presidência dos EUA (ficou em 12º lugar, muito atrás de JFK).
Talvez por ter sido candidato a dezenas de eleições e cargos, por se envolver
em múltiplas campanhas a favor dos direitos dos negros, o que lhe valeu a
alcunha de «Black Don Quijote». Em 1958, teve o desplante de se candidatar à Universidade
do Mississípi, reservada a brancos. Foi internado num asilo psiquiátrico.
Levado a julgamento, o juiz considerou que uma pessoa de cor tinha de ser louca
para julgar que poderia ser admitida numa universidade reservada a brancos.
Mais tarde, em 1976, nas vésperas da eleição presidencial Clennon tentou
ingressar na congregação baptista a que pertencia o candidato Jimmy Carter – e que,
em 1976, era reservada a brancos, pasme-se. Não entrou. A congregação do
democrata Carter, pasme-se. Fundou a sua própria igreja, terminou os seus dias
intitulando-se «His Divine Blackness», o que talvez seja a razão pela qual
poucos o recordam. Não é fácil sequer encontrar uma fotografia sua, apesar de
existir um filme a ele dedicado. Aqui fica esta breve nova, Clennon King, uma
vida singular.
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