terça-feira, 30 de outubro de 2018

Dúvida.



 
 
 
Pergunta Rubem Amaral Jr., e como sempre bem, por que motivo esta gramática editada em 1521 em Basileia tem no frontispício a imagem de um rei português (aqui). Quem pode ajudar?
 

6 comentários:

  1. 1521 é o ano da morte de D. Manuel. Mas como morreu em Dezembro seria difícil a edição querer assinalar a sua morte. De qualquer modo D. Manuel expandiu o mundo latino/romano por toda a Terra. Uma gramática para o mundo? Suponho que a gramática é de latim?!

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  2. Já agora convém lembrar que em 1514 se deu a famosa embaixada de D. Manuel ao Papa com a oferta de um elefante. O rei português seria portanto um rei que causou impressão na Europa pelos seus feitos além mar.

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  3. Foram ao Google Images buscar uma imagem qualquer de um rei. É a praga habitual da capa dos livros.

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  4. Pus o assunto à consideração de amigo interessado e entendido, que me respondeu como segue:
    "Há tiragens, como a que está na biblioteca da Univ. de Heidelberg, que não têm essa gravura.
    A mesma gravura é usada numa edição alemã da epístola Mundus Novus de Américo Vespucci. Deve vir no volume editado pela Gulbenkian, de Luis de Matos, sobre a Expansão Portuguesa na literatura novi-latina.
    Bem, a Mundus Novos dá conta dos descobrimentos portugueses - Brasil - e espanhóis - a depois (a partir do Américo Vespucci) chamada América-
    A hipótese mais provável é tratar-se de uma tiragem a que é aposta esta gravura (feita para a edição do Américo Vespuccio) talvez com a intenção de vender uns exemplares para Portugal. A gramática é um dos livros mais comuns para a aprendizagem de latim, com exercícios finais e tudo e teve dezenas de edições, por vários editores, pelo menos desde 1499.
    Devo esta lição ao meu amigo e Doutor Joaquim Caetano".

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  5. O assunto está morto, aparentemente. Mas indicaram-me este artigo, que trata minuciosamente do assunto, e onde incidentalmente aparece precisamente mesma gravura, por isso aqui vai: https://journals.openedition.org/cultura/2409

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  6. O livro foi composto por Thomas Wolff, activo em Basileia entre 1520 e 1534. Não encontro relação com Portugal a não ser a sua presença no Index da Inquisição portuguesa.

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