Os
50 anos da ida do Homem à Lua estão cheios de livros (excepto por cá…), artigos
de jornais, notícias e… merchandising
oportunista. Neste campo, há, ainda assim, coisas dignas de ver. A Taschen
lançou, em edição limitadas, quatro fotografias históricas, extraordinárias, assinadas
por Buzz Aldrin. O preço não é dos melhores, mas enfim. E, é preciso dizê-lo, Aldrin
é uma personagem assim-assim. Ficou danado por Armstrong ter sido escolhido
como o primeiro a pisar a Lua, e o paizinho até moveu influências poderosas em
Washington para reverter a decisão da NASA. Pior do que isso, Aldrin,
incrivelmente, não tirou fotografias a Armstrong no solo lunar. Nem uma. Há
tentativas de explicação para isso, não convincentes (leiam o livro de James
Hansen, O Primeiro Homem, Objectiva,
2018). O que aqui vêem são imagens de Aldrin tiradas por Armstrong. Este
surge apenas uma vez, reflectido no capacete do colega. É um pouco estranho
que, 50 anos depois, as fotografias de Armstrong sejam publicadas numa edição
assinada por… Aldrin, que, com esta edição, decerto arrecadou chorudos proventos
do trabalho do seu camarada. De alguém que ele, por um singular «esquecimento»,
nem sequer fotografou a caminhar na Lua, numa jornada memorável – e
irrepetível.
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Tenho outra interpretação: as tarefas estavam completamente definidas num progama que dava pouco azo a improvisações. Além do mais, vestidos com os escafandros, eles eram absolutamente iguais. Tirar uma fotografia ao fotógrafo seria sempre uma redundância.
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