Fotografia de Gérard Castello-Lopes
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Não é sem calafrios que
vejo Portugal entrar na civilização industrial, que implicará o desaparecimento
do folklore, dos pequenos ateliers de arte popular, da vida local, isto é de um
mundo de iniciativas pessoais e de pequenos grupos. E como somos um país
pequeno e periférico, será o próprio Portugal que morrerá como personalidade
nacional. As boas cabeças partirão para Paris e Nova York. Ficarão os executores,
para fazer o trabalho do aeroporto e dos restaurantes.
(António José Saraiva,
carta a Óscar Lopes, Janeiro de 1970).
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