sexta-feira, 10 de abril de 2020

A porta do Oriente (38)





É hoje difícil imaginar como, antes da guerra civil, Beirute era um dos pontos mais frequentados pelo jet-set internacional.

No Hotel Saint-Georges, na sua piscina, na sua marina, cruzavam-se as principais cabeças coroadas, a melhor aristocracia, Elisabeth Taylor, Charles Aznavour, Brigitte Bardot, Dalida ou o espião Kim Philby.








O hotel, da autoria de um arquitecto francês foi inaugurado em 1932. Com quatro andares, formas depuradas, uma esplanada em semicírculo, foi até ao princípio dos anos 70, local de eleição para os cosmopolitas internacionais.

Em 1975 foi invadido pelas milícias, a decoração interior foi destruída, mas a sua estrutura e aspecto exterior mantiveram-se. Aliás muitos libaneses, vendo o local abandonado aproveitaram para tomar os seus banhos de sol e mergulhar na piscina, mesmo sob a ameaça dos snipers.

Terminada a guerra, o proprietário recusa vender o hotel à toda poderosa sociedade de reabilitação de Beirute. Por isso, tarda a sua recuperação.

Hoje a estrutura do hotel mantém a sua dignidade. E os muros de protecção do complexo exibem o antigo esplendor:



Fotografias de 13 de Novembro de 2019

José Liberato






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