sábado, 30 de janeiro de 2021

Ato trágico.

 

 

Ato trágico.

 

Pode um Actus tragicus que fala da fugacidade da vida soar assim?

Pode. Numa sonatina composta por um J. S. Bach de 22 anos, vista pelo dulcíssimo G. Kurtág, que a reconverteu numa transcrição para dois pianos. O mesmo Kurtág das peças-miniatura, momentos por vezes tão breves como as sete notas de Flores somos, Meras flores e outros pedacinhos intensos de música. O mesmo que sabia como cativar as crianças, pequenas e grandes. Aqui tocada por dois miúdos que são grandes.

 


Manuela Ivone Cunha

 





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