No
Turf Club em Lisboa, na sala de entrada que abre sobre o jardim, encontra-se um
retrato a óleo de El Rei D. Manuel II, de corpo inteiro, envergando o manto e
insígnias da Ordem de Jarreteira, tendo ao pescoço a insígnia das Três Ordens (Cristo,
Aviz e Santiago) e ao peito a placa da Ordem da Torre e Espada. Ao lado do Rei estão,
sobre uma mesa, a Coroa Real de Portugal e o Cetro.
O
retrato é obra do pintor britânico George Hillyard Swinstead (1860-1926), membro
da Royal Society, autor de ampla obra pictórica, tanto de retratos de
figuras da sociedade inglesa da época como de paisagens e pinturas de género.
Não
podemos deixar de nos interrogar acerca de quando este retrato terá sido
pintado e por que motivo o foi por um pintor britânico e não por um bom
retratista português da época. Alem disso também nos assalta a curiosidade de
saber por que razão se encontra agora no Turf Club.
Teremos
de voltar atrás no tempo para encontrarmos resposta a estas perguntas.
El Rei D. Manuel II foi investido na Real Ordem da Jarreteira do Reino Unido em fevereiro de 1909, pelo Rei Eduardo VII. A amizade deste Rei por El Rei D. Carlos tinha sido intensa e verdadeira. A sua indignação pelo assassinato deste seu parente e seu filho primogénito, dois cavaleiros da Ordem da Jarreteira, foi notória. Quis por isso e no mais curto espaço de tempo, distinguir o jovem sucessor, D. Manuel II, com o acolhimento na Ordem e com a distinção que esse acolhimento significava. D. Manuel sentiu profundamente o valor dessa distinção e durante toda a sua vida não faltou nunca às celebrações da Ordem, na capela de S. Jorge e no castelo de Windsor, todos os meses de junho.
George Hillyard Swinstead (1860-1926), aqui fotografado no seu estúdio
David Knights-Whittome no seu estúdio em Sutton. A pose que adota relembra-nos que o fotógrafo seria também o pintor dos cenários das fotografias que tirava.
Ainda
durante a vida do rei D. Carlos e no seguimento das visitas que efetuou a
Londres, chegou ao conhecimento do Rei a alta qualidade dos trabalhos do
fotógrafo britânico, David Knights-Whittome, fotógrafo da Casa Real britânica e
membro da Royal Photographic Society. Tendo-se iniciado na fotografia em
1897, ao fotografar o elenco de uma produção local da peça “The Sign of the
Cross”, abriu em 1904 um estúdio em Sutton, Surrey, localizado no número 18,
The High Street. A sua arte terá encontrado sucesso comercial já que em 1911
irá abrir um segundo estúdio, desta feita no número 24 da Station Road, em
Epsom, também em Surrey.
Era
um fotógrafo famoso, cujos trabalhos eram muito apreciados e disputados quer
pela Família Real quer pela alta sociedade daquele país. São muito conhecidas
as suas fotografias de grupos da sociedade britânica em “house-parties” nas
quais figuram muito frequentemente o Rei Eduardo VII, bem como o Marquês de
Soveral. Foi, alem disso, o fotógrafo oficial da coroação do Rei Jorge V, bem
como da cerimónia de investidura do então Príncipe de Gales em Carnarvon. Foi
fotógrafo da rainha Alexandra e fotografou o Rei Afonso XIII de Espanha e a
Rainha Vitoria Eugénia bem como os Reis da Dinamarca e Noruega. Na sua
Inglaterra natal é ainda lembrado pelas centenas, talvez milhares, de retratos
que tirou a jovens militares ingleses durante a I Grande Guerra, muitos dos
quais seriam, provavelmente, os primeiros e únicos registos fotográficos das suas
jovens vidas.
Fotografias dos jovens Príncipes, na entrada do Palácio das Necessidades, perto dos seus aposentos. Em ambas as fotografias são visíveis as dedicatórias à sua mãe, Rainha D. Amélia.
O Arquivo e Biblioteca de Sutton, Inglaterra, onde se guardam mais de dez mil dos seus negativos em placas fotográficas, merece uma nota da nossa parte pela história fascinante do seu repetido abandono, esquecimento e redescoberta. Tendo sido encontrado praticamente intacto em 1978 (cerca de 60 anos depois do fotógrafo abandonar a sua arte) no antigo estúdio em Sutton, foi novamente votado ao esquecimento nos arquivos e caves da Biblioteca de Cheam e posteriormente dos Civic Offices, instituições locais sem os recursos ou pessoal para assegurar a devida preservação do importante legado histórico que lhe havia chegado por mero acaso do destino. Apenas em 2014, graças a uma bolsa no valor de perto de 100 mil libras da Heritage Lottery Fund, foi possível catalogar, digitalizar e preservar a coleção, publicitando-a sob o título “The Past on Glass”.
Em 1905 David Knights-Whittome dirigiu-se a Lisboa a fim de fotografar o rei D. Carlos, o seu filho primogénito e herdeiro, D. Luís Filipe, e o Infante D. Manuel. Não chegou até nós a fotografia do rei D. Carlos, mas sim as duas fotografias dos seus filhos tiradas no túnel de entrada do Palácio das Necessidades. Os dois príncipes irão oferecer essas fotografias, com dedicatórias, a sua mãe a Rainha D. Amélia e encontram-se hoje no gabinete de trabalho da Rainha no Palácio da Pena. Irá ainda fotografar as salas do Palácio das Necessidades, nomeadamente a nova sala de banquetes, bem como a entrada dessa mesma sala, mais pequena, e que servia para as refeições diárias da família real.
Em cima, a Sala Azul
ou Sala dos Embaixadores, e em baixo parte da Sala de Banquetes recém-terminada
e utilizada pela Família Real como Sala de Jantar diária. As fotografias são de
David Knights-Whittome, presumivelmente em 1905, no Palácio das Necessidades.
Ainda
nesse ano verificamos que retratou com todo o detalhe e com o seu alto sentido
artístico, o interior do palácio de Monserrate, em Sintra, com as preciosidades
que aquelas salas encerravam. Certamente a convite do seu proprietário, Sir
Frederick Cook, Visconde de Monserrate, que não deixou escapar a oportunidade
de solicitar o desempenho de tão prestigioso artista. Fotografou também os
membros da família Cook e os grupos de amigos que frequentavam a sua bela casa,
esplêndido recheio e maravilhosos jardins.
Regressou
mais tarde a Lisboa, em 1909, quando já reinava D. Manuel II. O jovem Rei havia
ingressado em junho desse ano na prestigiada Ordem da Jarreteira da Grã-Bretanha.
Quiçá o Rei terá reencontrado David Knights-Whittome nas cerimónias da Ordem,
na qualidade de fotógrafo oficial da Casa Real britânica. Nesse encontro poderá
ter tido origem o convite do Rei.
Conhecemos
uma carta do fotógrafo, de setembro de 1909, dirigida a um Mr. King, Cônsul
britânico em Lisboa, pedindo a sua intercessão para que as autoridades
alfandegárias não abrissem as caixas que continham as placas fotográficas de
vidro, pois estas ficariam irremediavelmente perdidas se fossem expostas à luz.
Nessa mesma carta encontramos uma anotação do Marquês de Lavradio, Secretário
do Rei, clarificando que “Este photographo vem tirar retratos a S.M. El Rei”.
Segundo Lourenço Correia de Matos, cuja informação agradeço, David Knights-Whittome formulou, a 4 de março de 1910, em carta dirigida ao Marquês de Lavradio, um pedido para ser fotógrafo da Casa Real. O pedido viria a ser despachado a 13 de abril e o alvará passado a 27 desse mês.
Sir Frederick Cook e
Lady Mary Cook, no Palácio de Monserrate, Sintra, numa foto de David
Knights-Whittome.
Sala de Jantar no
Palácio de Monserrate, igualmente numa foto de David Knights-Whittome.
Fotografias do Rei D. Manuel II, vestido com os trajes da Ordem da Jarreteira. As legendas, bem como a menção ao fotógrafo, em inglês, indicam que estas fotos terão tido circulação em Inglaterra. |
As fotografias, das quais conhecemos vários exemplares, em diferentes posições, teriam agradado muito a El-Rei e eventualmente, durante as sessões de pose, D. Manuel II terá dito ao fotógrafo ou este terá sugerido, que seria adequado fazer-se pintar, com os vistosos trajes da Ordem da Jarreteira, num belo retrato a óleo. O artista terá mesmo sugerido o nome de um pintor inglês, seu amigo, também ele conhecido autor de retratos de importantes personalidades, e também de paisagens e cenas de género. Tratava-se de George Hillyard Swinstead, membro da Royal Academy of Art. A sugestão terá sido aceite pelo Rei e assim o pintor deslocou-se posteriormente a Lisboa para começar os esboços preparatórios do retrato, a ser terminado com base nas fotografias de Knights-Whittome. Dá-se então a revolução de outubro que derrubou a Monarquia e implantou a República em Portugal.
O jovem Rei viu-se obrigado a deixar o país e dirigir-se a Inglaterra para estabelecer residência. De início, e com a sua mãe, a Rainha D. Amélia, assim que chegaram, instalaram-se na mansão de seu tio, o Duque de Orléans, em Woodnorton. Nesta casa, terá ainda pousado, uma ou duas vezes, para o pintor. E o quadro ficou pronto! No entanto, D. Manuel terá tido que participar ao pintor e ao fotógrafo que, dada a sua instabilidade financeira, ainda sem notícias acerca do destino dos seus bens em Portugal, não lhe seria possível completar os pagamentos do retrato. Todavia, o antigo perceptor dos Príncipes F. Keraush, que havia acompanhado o Rei no exílio, dirige uma carta ao fotógrafo em fevereiro de 1911, incluindo um cheque de 10 libras e 16 xelins para pagamento de 12 fotografias de D. Manuel com os trajes da Ordem da Jarreteira.
Carta de David
Knights-Whittome guardada no Arquivo de Sutton, em que o fotógrafo pede a
intervenção do Cônsul Britânico em Lisboa no sentido de garantir que as placas
fotográficas não serão abertas na Alfândega de Lisboa.
David Knights-Whittome
posa em frente ao retrato de D. Manuel II, possivelmente no estúdio de George
Hillyard Swinstead. Escrita na própria fotografia encontramos uma possível nota
do fotógrafo, “unfinished”. Foi a digitalização e publicação desta fotografia,
guardada no Arquivo de Sutton, que desencadeou o presente estudo.
Também
no Arquivo de Sutton existe correspondência entre o fotógrafo e o pintor em que
ambos lamentam a pouca sorte que tiveram ao arriscar o que chamam “um
considerável empreendimento financeiro” e que afinal se revelou ter um desfecho
ingrato.
Começa
então a epopeia do retrato, com o pintor, assim como o fotógrafo, a dirigem
várias cartas a diversas personalidades, inglesas e americanas que conhecem ou
conheceram o Rei, tentando convencê-las a comprar a pintura sem, no entanto,
conseguirem qualquer resultado positivo. Tentam igualmente interessar
diferentes e conhecidas casas leiloeiras, igualmente sem sucesso. Obtêm mesmo
uma resposta da Christie´s que lhes diz que a tentativa de venda em
leilão de um tal retrato não oferecia quaisquer perspetivas favoráveis.
Depois
de uma constante e persistente campanha para vender o retrato, sem qualquer
êxito, os dois autores entram num profundo desânimo. Então, o pintor já desinteressado do destino
que o retrato pudesse vir a ter, ofereceu-o ao fotógrafo que o guardou na sua
casa.
Rei D. Manuel II e o Marquês de Soveral durante a Visita de Estado a Londres em 1909. Fotografia de David Knights-Whittome.
Knights
Whittome acabou por abandonar, por volta de 1918, a profissão de fotógrafo, não
sem antes se ter alistado para contribuir para o esforço de guerra da
Grã-Bretanha. Foi promovido a tenente na Royal Garrison Artillery e
serviu como oficial comandante da “New Holland Gun station” de 1916 a 1919.
Após o final da Grande Guerra muda-se com a família para Wimbledon e
posteriormente para Bournemouth, onde a mulher tinha uma loja. Mudando-se uma
última vez, para St. Albans, é lembrado pelo seu grande envolvimento cívico na
comunidade local, servindo tanto no City como no County Council, vida política
que culminaria com a sua eleição para “Mayor” de St. Albans (1940-1941), onde
viria a falecer em 1943.
Através
de correspondência guardada no arquivo do Turf Club em Lisboa podemos verificar
que muitos anos mais tarde, creio que podemos afirmar ter sido em 1960, surge
um anúncio no diário britânico “The Times” pondo à venda o retrato em causa.
Estabelece-se
então uma correspondência entre o Vice presidente do Club, Júlio Jardim de
Vilhena, e a anunciante, Mrs. W.V.Pett, em que
Vilhena manifesta o interesse do
Club em adquirir o retrato para a sua galeria de retratos reais.
Mrs.
Pett, Margaret Jacinth Pett, fora casada com um dos dois filhos do fotógrafo,
Ronald John, Oficial da Royal Air Force, falecido durante a Segunda
Guerra Mundial, e casara posteriormente com um senhor Pett. Sabemos, através de um neto do fotógrafo,
Michael Knights-Whittome, que em 1943 quando este falece sem deixar testamento,
a sua mulher, Sarah Elizabeth (Draper), vivia ainda em St. Albans. Michael
Knights-Whittome partilhou ainda lembrar-se efetivamente do grande retrato, nas
escadas da casa da família, onde habitava a avó, e que este, pela sua dimensão
e solenidade lhe causara um certo temor e uma impressão duradoura que guarda, 80
anos volvidos.
Na
mesma altura, também o filho mais velho do casal Knights-Whittome, Maurice,
terá tentado assistir na venda do quadro, que se continuava a revelar difícil.
Algures entre essa época e 1959 o retrato terá então passado para a posse de
Mrs. Pett, talvez por esta ter expressado interesse nele, por a venda que se
revelava cada vez mais improvável, ou porque a mudança de casa obrigaria a
deixar alguns dos objetos mais volumosos, e sem ligação direta com a família
(como o retrato de um antigo Rei estrangeiro).
Guarda-o
então no armazém duma empresa que restaurava e conservava pinturas, James
Bourlet & Sons, na Nassau Street em Londres. Cedo manifesta pressa em
vendê-lo e, segundo diz na correspondência guardada no Club, fizera diligências
nesse sentido junto da Fundação da Casa de Bragança, sem resultados favoráveis.
Afirma ainda que segurara pintura em 500 guinéus (10.030 libras 2021), mas que
estava pronta a reduzir o preço para 300 guinéus (6.018 libras 2021). Após um
período de deliberação em que a compra é levada a aprovação dos sócios, e
durante o qual Mrs. Pett se revela impaciente, preço foi aceite pelo Turf Club.
Por
uma carta de James Bourlet & Sons, de fevereiro de 1961, dirigida ao
Visconde de Asseca, então Presidente do Club, hospedado no Claridge’s Hotel
em Londres, ficamos a saber que Asseca havia visitado este estabelecimento e concordado
com os custos que seriam os seguintes:
i) i) Limpeza
do quadro e envernizamento – 18 libras (1961) – 344 libras (2021)
ii) ii) Embalagem
do retrato e envio em nome do Visconde de Asseca para Sena Sugar Estates na Avenida
da India em Lisboa – 18 libras e 10 xelins (1961) – 344 libras (2021)
ii) iii) Seguro
para o transporte – 351 libras (1961) – 6.705 libras 2021
Carta da Sra. Margaret Jacinth Pett, datada de 20 de novembro de 1960, relatando outras manifestações de interesse ao anúncio e expressando o desejo de o vender ao Turf Club. |
November 20th
Dear Sir,
Thank you for your letter dated November 14th.
I hope you are in the process of contacting your members before reaching a
decision on purchasing the portrait of King Manuel. I should be grateful if you
would kindly let me know as quickly as conveniently possible, as I have had
several replies to my advertisement, but have delayed coming to any conclusion
with them until I hear from you.
I do hope you will decide to purchase the portrait as I feel a club
would be an ideal place for it.
Yours sincerely,
Jacinth Pett
Não encontrei referência explicita quanto à data da inauguração do quadro no Club, mas desde os primeiros anos da década de 60, do século XX, que o retrato de El-Rei D. Manuel II adornou, durante muitos anos, a pequena sala de jantar denominada “Sala dos Reis”. Além deste retrato pendem nas suas paredes os retratos de El-rei D. Luís, de El-rei D. Carlos, de D. Duarte Nuno, Duque de Bragança e D. Duarte Pio, Duque de Bragança.
Sendo
um interessante conjunto, com harmonia e dignidade, é o retrato de D. Manuel
II, pela dimensão, técnica e composição, que mais nos impressiona. Sabemos
agora, finalmente, que a sua história corresponde ao impacto que causa aos
visitantes. Na verdade, mostrando unicamente uma das suas personagens, serve de
crónica pictórica ao Portugal do início do século XX. Deixa transparecer um
jovem Rei, com ambição, orgulhosamente investido da dignidade estrangeira da
Jarreteira que lhe haviam conferido, mas sem esquecer a herança e
responsabilidade que o acompanhavam sempre, manifestada nas Ordens portuguesas
e na coroa que repousa, com as suas consideráveis dimensões reais, ao seu lado.
Como o país que se predispunha a ser a sua única casa, o destino do quadro
torna-se incerto, acompanha brevemente o exílio e aparenta abandonar qualquer
ligação a Portugal. Permanecerá longe, não por desinteresse do retratado, mas
pela conturbada conjuntura, e depois de perto de meio século e incontáveis
esforços da família do fotógrafo, retorna finalmente ao nosso país. Ao voltar,
encontra um Portugal muito diferente daquele que deixou em 1910, mas encontra ainda
uma acolhedora casa no Turf Club.
AGRADECIMENTOS
Agradeço
ao Presidente do Turf Club, Conde do Cartaxo, que autorizou e apoiou a
investigação no arquivo documental do Club.
Ao
Embaixador João da Rocha Páris – Visconde da Torre – que colaborou na pesquisa
e seleção dos textos pertencentes ao arquivo do Club permitindo que se
juntassem assim dois lados da correspondência que 60 anos e muitos quilómetros
separaram.
A
Abby Matthews, Project Officer do The Past on Glass e responsável
pelo Arquivo de Sutton, cuja descoberta e publicação dos negativos originais e
correspondência permitiu desencadear a investigação.
A
Michael Knights-Whittome, neto do fotógrafo, que ajudou a clarificar a ligação
da família ao retrato.
Ao
Dr. Hugo Xavier, Conservador do Palácio Nacional da Pena, agradeço a indicação
da curiosa fotografia da sala de jantar no Palácio das Necessidades, inédita, e
que constituiu o primeiro trabalho de David Knights-Whittome com que me cruzei.
Last but not least ao meu colega Ricardo Mateus Pereira pela sua fundamental participação neste estudo através da pesquisa e consulta de variadas fontes.
Manuel Côrte-Real
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