E
prossegue a saga entre montes e vales italianos.
A
igreja de São Nicolau em Albion (Albions) foi reconstruída em meados do Século
XV após um incêndio. Debaixo de um alpendre, um enorme fresco de São Cristóvão
de 1496.
Em Chiusa (Klausen), a igreja de São Valentim foi reconstruída em 1414 também na sequência de um incêndio, tem um fresco do nosso Santo do princípio do Século XV. Há quem insira este fresco no movimento estilo belo e suave (schönen weiche stil) que se desenvolveu na Europa Central cerca de 1400. Este movimento pretendeu abandonar as imagens demasiado severas dos Santos, em especial da Virgem Maria, para as representar de uma forma mais suave através de rostos mais belos e vestes mais ricas.
Em Ritten (Mittelberg), outra igreja de São Nicolau, reconstruída no início do Século XV no estilo gótico. Dela avista-se uma paisagem belíssima. No exterior uma imagem de São Cristóvão.
Ao
contrário do que é costume, voltemos ao número 322 desta série a propósito de
uma polémica recente lançada pelo best-seller O segredo dos segredos de
Dan Brown.
No
capítulo 130, o autor, sempre interessado na simbologia, refere-se à sereia do
logotipo da cadeia Starbucks. Tem duas caudas e, portanto, segundo ele, será
uma sirena e não uma sereia. As sirenas seriam sereias malévolas cujo objectivo
era atrair os navios ao naufrágio. Penso que esta distinção não estará muito
correcta.
Mas
a curiosidade que quero sublinhar está no São Cristóvão de Maranza. Se
ampliarmos a imagem, vemos a seus pés uma sereia com duas caudas!
Fotografias de 5 de Agosto de 2025









Prezado José Liberato, veja sereias desse tipo numa edição italiana dos Emblemas de André Alciato: http://emblematica.grainger.illinois.edu/detail/emblem/E030203
ResponderEliminarNos séculos XVI e XVII, vários impressores italianos utilizaram a sereia bicaudata como suas marcas.
Um abraço,
Rubem Amaral Jr.
Caro Rubem Amaral Jr.
EliminarMuito obrigado por acompanhar esta série e pela sua contribuição sobre as sirenas.
Abraço
Liberato