domingo, 26 de fevereiro de 2017

Mar adentro.

 
 
 
 
 
 
Álvaro Garrido, que faz o favor de ser meu amigo, mandou-me, com a sua habitual gentileza, o último livro da vastíssima produção de que é autor sobre a pesca do bacalhau, Henrique Tenreiro, as artes de navegar. Portugal no Mar. Homens que Foram ao Bacalhau, da Âncora Editora e do Museu Marítimo de Ílhavo (que, diga-se, tem feito um trabalho notável na recuperação da memória da saga bacalhoeira). Coordenada por Álvaro Garrido, esta edição, revista e ampliada, é informativa mas, mais do que isso, é comovente. Folheamos páginas e páginas com rostos de homens, em fotografias «tipo passe». Ao lado, os seus nomes. Sei que o tema se presta a efabulações heroicizantes, por vezes descabidas. Mas que esta é uma aventura digna de ser contada, disso ninguém duvida.
Levas e levas de homens que foram aos mares do Norte. Nem todos regressaram.  
               
 

1 comentário:

  1. O António Araújo privilegia-me com a sua amizade e com estas simpatias. Este livro é um memorial raro e inclusivo. Segundo os registos do antigo Grémio dos Armadores de Navios de pesca do Bacalhau, preservados no Museu Marítimo de Ílhavo, entre 1935 e 1974 foram ao bacalhau 21 mil homens. Foi uma saga humana tão dramática quanto épica - assim a descreveu Bernardo Santareno. Este livro inscreve no espaço público rostos e nomes desses pescadores-marinheiros.
    Álvaro G.

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