Disse
quem compôs o tema “tum, tum, ta, ta tum-tum”, em cima
das iniciais “MI” batidas em código Morse, que era música para pessoas com 5
pernas. Coisa impossível, parece, mas a que não falta ação e ainda mais
resolução. Não admira que haja um sem fim de versões
para despertador, com contagem decrescente de amplitude variável
consoante a envergadura e dificuldade da missão, e versões
épicas para missões que pedem mais fôlego e alguma pompa.
E o impossível acontece.
Não
é só nos filmes, note-se. O amigo violinista para quem J. Brahms compôs este
concerto para violino decretou, sem apelo nem agravo, que a
partitura era intocável, inexequível, missão propriamente impossível.
Ora.
Desde então houve um ror de gente a tocá-la, inclusive o próprio dedicatário.
Mas lá que é difícil… Ai. Ui. A ponto de se dizer que não é um concerto para violino,
antes contra o dito. Contra o violino, contra a orquestra,
contra o maestro ou maestra ou maestrina.
Só
que toda a arte deste concerto quase sem conserto, entre a ameaça e a
deflagração, é o arco físico, metafísico, patafísico que dá coerência à batalha
que é para tirar o coelho daquela cartola. É ver aqui
ao vivo, a partir do minuto 35, uma demonstração por A+B do
músculo Allegro giocoso, ma non troppo vivace com que se casam
aquelas três partes, para se perceber perfeitamente do que estou a falar.
Manuela
Ivone Cunha.
Boa tarde:- Parece ser mesmo missão impossível.
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Um domingo feliz … Abraço.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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