domingo, 24 de agosto de 2025

São Cristóvão pela Europa (312).

 

 

 

Já aqui publiquei muito sobre a cidade de Veneza.

Mas há sempre mais um São Cristóvão a descobrir…

A ilha de San Michele na Laguna de Veneza tem uma história muito peculiar.

Napoleão Bonaparte ocupou a cidade em 1797 pondo fim à existência milenar da República de Veneza. Vários atentados patrimoniais foram cometidos como o incêndio da grande galera dos Doges chamada Bucentauro e o roubo dos cavalos de bronze da Basílica de São Marcos.

Mas Napoleão trouxe também a “agenda fracturante” da época. Nela avultava o fim dos enterros nas igrejas e, consequentemente, a construção de um cemitério. Causa próxima em Portugal da revolta chamada da Maria da Fonte.

Não era empreendimento fácil. No núcleo urbano não havia espaço.

Em 1807, encontra-se uma solução. Juntar duas ilhas da laguna numa gigantesca terraplanagem. Une-se assim a ilha de San Cristóforo della Pace à de San Michele e nasce o cemitério da ilha de San Michele.

Aqui estão sepultados, entre outras celebridades, os russos Igor Stravinski (1882-1971), grande compositor e pianista ou Serguei Diaguilev (1872-1929), fundador dos Ballets Russes.

E no meio, um monumento funerário com um belo baixo relevo representando o nosso Santo.

Existe também uma Igreja de São Cristóvão, infelizmente fechada.

 






 

Um dos símbolos de Veneza é o Teatro La Fenice, autêntica catedral da ópera, onde cantou Maria Callas, completamente destruído por um incêndio em 1996 mas novamente reconstruído.

Junto, na Calle de la Fenice, um pequeno oratório, representando São Cristóvão, coberto por uma grade.

 




                                        Fotografias de 9 de Agosto de 2025

                                                                           José Liberato





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