Situada
na Região Veneto e na Província de Verona, a cidade italiana de Bussolengo fica
junto ao rio Adige, o rio de Verona e o segundo de Itália depois do Pó.
A
Associação BAC (Bussolengo Arte Cultura) desenvolve um trabalho notável no
estudo, promoção e protecção do património dessa cidade e dos seus arredores.
Orientado
pela Associação, a quem muito agradeço o planeamento desta jornada, em especial
à Martina, visitei três igrejas: São Roque e São Valentim em Bussolengo e Santa
Lúcia numa povoação chamada Santa Lucia, a 5 quilómetros de distância.
A
Igreja de são Roque (1295-1327), o santo protector da peste, terá sido
construída no Século XV. O seu interior está repleto de frescos. Cada fresco foi
encomendado por uma das personagens ilustres da cidade, ao tempo. Curiosamente,
alguns dos frescos são repetidos no sentido de representarem os mesmos santos.
São Roque é, logicamente, o recordista com oito, mas o nosso São Cristóvão tem
três.
O último está datado de 1513. O segundo é apenas um vestígio.
A
igreja de São Valentim é dedicada ao santo padroeiro da cidade. Remonta ao
Século XII. É mencionada num documento em 1339. Nessa altura era uma igreja
vetusta ainda sem frescos. Tem um São Cristóvão e uma belíssima série de
frescos com a vida de São Valentim. São do Século XV.
Ainda
segundo aquela autora, que acompanhou a minha visita, os trajes baseiam-se na
tradição bizantina. Segundo a sua descrição no mesmo livro, Ele é representado
como um gigante empunhado uma vara transformada num ramo de palmeira e sustenta
o Menino sentado no seu ombro esquerdo, apoiando-o com a mão livre. O Menino
abraça o pescoço do gigante e por cima da sua túnica vermelha usa um manto
forrado com arminho que esvoaça para dar o sentido do movimento ou de uma
rajada de vento. O forro do manto do Santo e a Sua gola são também em arminho.
E
da minha lavra: a decoração do manto do Menino é feita de uma simbologia
presente em outras imagens do Santo. Parecem pegadas de pássaro.
A
10 quilómetros de aqui situa-se o campo de batalha de Rivoli, decisiva batalha
da campanha de Itália de Napoleão em 1797, evocada na célebre rue de Rivoli
em Paris.









Estes apanhados do nosso Liberato são leves, frescos e trazem tanta culturalidade...
ResponderEliminarComeçou mais um ano escolar e o nosso (professor/repórter) traz-nos logo de início uma aula de história interessante, claro incluindo o nosso Santo.
ResponderEliminarVamos esperar pela matéria seguinte.
Obrigado pela partilha!!!
Um abraço.