Já
aqui publiquei muito sobre a cidade de Veneza.
Mas
há sempre mais um São Cristóvão a descobrir…
A
ilha de San Michele na Laguna de Veneza tem uma história muito peculiar.
Napoleão
Bonaparte ocupou a cidade em 1797 pondo fim à existência milenar da República
de Veneza. Vários atentados patrimoniais foram cometidos como o incêndio da
grande galera dos Doges chamada Bucentauro e o roubo dos cavalos de bronze da
Basílica de São Marcos.
Mas
Napoleão trouxe também a “agenda fracturante” da época. Nela avultava o fim dos
enterros nas igrejas e, consequentemente, a construção de um cemitério. Causa
próxima em Portugal da revolta chamada da Maria da Fonte.
Não
era empreendimento fácil. No núcleo urbano não havia espaço.
Em
1807, encontra-se uma solução. Juntar duas ilhas da laguna numa gigantesca
terraplanagem. Une-se assim a ilha de San Cristóforo della Pace à de San Michele
e nasce o cemitério da ilha de San Michele.
Aqui
estão sepultados, entre outras celebridades, os russos Igor Stravinski
(1882-1971), grande compositor e pianista ou Serguei Diaguilev (1872-1929),
fundador dos Ballets Russes.
E
no meio, um monumento funerário com um belo baixo relevo representando o nosso
Santo.
Existe
também uma Igreja de São Cristóvão, infelizmente fechada.
Um
dos símbolos de Veneza é o Teatro La Fenice, autêntica catedral da ópera, onde
cantou Maria Callas, completamente destruído por um incêndio em 1996 mas
novamente reconstruído.
Junto,
na Calle de la Fenice, um pequeno oratório, representando São Cristóvão,
coberto por uma grade.
Fotografias de 9 de Agosto de 2025
José Liberato









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