Agradeço-te a frequência com que me escreves,
pois é esse o único meio de que dispões para vires à minha presença. Nunca
recebo uma carta tua sem que, imediatamente, fiquemos na companhia um do outro.
Se nós gostamos de contemplar os retratos de amigos ausentes como forma de
renovar saudosas recordações, como consolação ainda que ilusória e fugaz, como
não havemos de gostar de receber uma correspondência que nos traz a marca
autêntica, a escrita pessoal de um amigo ausente? A mão de um amigo gravada na
folha da carta permite-nos quase sentir a sua presença – aquilo, afinal, que
sobretudo nos interessa no encontro directo.
Cartas
de Séneca a Lucílio, Livro III, Carta 40.1
..
Nada
nos pertence, Lucílio, só o tempo é mesmo nosso. A natureza concedeu-nos a
posse desta coisa transitória e evanescente da qual quem quer que seja nos pode
expulsar. É tão grande a insensatez dos homens que aceitam prestar contas de
tudo quanto – mau grado o seu valor mínimo, ou nulo, e pelo menos certamente
recuperável – lhes é emprestado, mas ninguém se julga na obrigação de
justificar o tempo que recebeu, apesar de este ser o único bem que, por maior
que seja a nossa gratidão, nunca podemos restituir.
Cartas
de Séneca a Lucílio, Livro I, Carta 1.3
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Fotografias de Onésimo Teotónio de Almeida
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Um grande abraço, Onésimo, especialmente hoje,
do António
Fotos lindas!
ResponderEliminarEstive para nada dizer, mas se é um abraço de consolo aos pais que perderam aqueles jovens de quem tanto havia a esperar, muito obrigado por tão sensibilizante homenagem.
ResponderEliminarJá não pass(e)ava pelas tuas fotos há alguma tempo. Desmerecido esquecimento a que só a tua passagem por Aveiro veio acordar...pois é ...sulcos...
ResponderEliminarUm grande abraço do Francisco