quinta-feira, 3 de julho de 2014

O reino da estupidez.

 




Em regra, odeio a maledicência nacional, mas às vezes tem de ser.
Saber que um livro destes, de um autor português, com a chancela da Princeton University Press, irá sair no Brasil (pela Companhia das Letras) mas ainda não existe sequer a garantia de que haja um editor nacional interessado nele é algo que, infelizmente, diz muito.  Diz muito do pouco que somos.
 
 
 

7 comentários:

  1. Creio que era anunciada a sua publicação no publico da sexta passada.Não?

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    1. Exactamente. O Público/Ípsilon referiu a saída do livro, dando conta de que iria sair no Brasil mas não exiostia ainda um editor português.
      Cordialmente,
      António Araújo

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  2. Já tinha lido sobre o livro no final do ano passado pela revista Standpoint, no artigo são ditas várias coisas pouco abonatórias sobre os portugueses.

    (http://standpointmag.co.uk/books-december-13-a-history-of-blood-hatred-christie-davies-racisms-francisco-bethencourt).

    «It was the Portuguese, the explorers of Africa and founders of Brazil, who developed the earliest,
    largest and longest-lasting of all the slave trades across the Atlantic; they had a concomitant sense
    of contempt for the Africans. Bethencourt shows that the slave traders were so entrenched that no
    public movement for the abolition of slavery ever developed in Portugal. Their slave trade was only
    discontinued in the mid-19th century when a British naval blockade of the Brazilian ports brought it to an end.»

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  3. A Princeton UP não edita so coisas boas, não sei por que razão as editoras portuguesas hão de tratar esse livro de modo especial por ter sido escrito por um português e o Bethencourt, a despeito dos elogios da sua côterie, nunca me pareceu muito mais do que um ressabiado e um pedante (a entrevista do ipsilon ai esta para o provar).

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  4. Independentemente do que é descrito no livro ser verdade (não o li), acho o "máximo" quer autor quer as editoras internacionais tratarem a questão do racismo como uma vaga criada pelos povos da península ibérica.....
    A questão do racismo "pode" ter sido criada pelos primeiros exploradores, mas meus amigos a África do Sul é um problema real de racismo que continua a ter repercussões em pleno século XXI, e não foram os portugueses que criaram o apartheid nem fazem parte da comunidade de língua afrikaans......
    Não passa da minha opinião.

    Isabel

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  5. Uma "História do Racismo", trabalho de um historiador, em 300 ou 400 páginas? Eu imaginaria vários volumes, e uma equipa multidisciplinar: antropólogos, sociólogos, demógrafos, historiadores das "mentalidades" e outros...
    Assim como é descrita, parece um exercício entre o impressionista e o preconceituoso: tipo assim uma "história das paixões" - o Paulo Coelho da história...

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  6. Não vou nem posso alongar-me sobre o conteúdo do livro que estou a começar a ler - a versão em inglês. E pergunto-me porque não escreveu o homem uma versão em português e pediu uma tradução decente do texto? Ou será que assim foi mas o/a tradutor/a não foi a melhor escolha? As palavras estão realmente em inglês, mas de resto na construção das frases nota-se "à légua" que é um português a pensar as frases em português e a escrever em inglês. Não lhe davam o "first certificate" nem em sonhos.

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