terça-feira, 4 de agosto de 2015

Alguns dos meus autores favoritos.


 

 



     (de Shakespeare a Joseph Conrad

e de Sófocles a Samuel  Beckett)

 

 

Um poeta de língua inglesa tornou-se meu ídolo desde a adolescência em Lourenço Marques: refiro-me o supremo e misterioso Bardo inglês, a que Harold Bloom definiu com justeza dizendo que ele “inventou o humano”[1], o incomparável autor de Hamlet, peça desde logo lida por mim, ainda adolescente, com um intenso e comovido fascínio que nunca se perderia ao longo do resto da minha vida, sendo por essa razão por mim constantemente relido, citado e meditado como uma espécie de oração filosófica ou supremo enigma da escrita universal, pelo dramatismo da questão posta em palavras e, sobretudo, pelo mistério angustiante que perpassa por toda a sua acção e figuras, com especial intensidade no segundo monólogo do príncipe danês na cena I do acto II da peça, começando com as perturbadoras palavras “to be or not to be, that is the question…”, fala que Lawrence Olivier, na sua adaptação ao cinema, em 1948, usando uma apropriada fotografia em preto e branco, situou, como compreensível cenário para tão dramáticas interrogações, numa esplanada sobre o mar.

Curiosamente, ao longo da minha vida, esta fixação no universo hamletiano levar-me-ia a fazer uma colecção algo bizarra, que ocupa largo espaço nas várias estantes da minha biblioteca, dedicadas a Shakespeare, composta de edições da famosa e intrigante peça em várias línguas, cujo primeiro exemplar foi aquele que li na biblioteca do liceu de Lourenço Marques, editado num elegante volumezinho de capa vermelha, editado por J.-M. Dent & Sons Ltd, de Londres,  com uma impressionante gravura de Eric Gill na página de título (um homem nu fugindo diante duma enorme figura de mulher drapejada de negro, que  tenta esconder a sua cara), de que acabei por adquirir um exemplar idêntico, alguns anos volvidos, num alfarrabista de Lisboa. Paradoxalmente, o meu Shakespeare era menos o das suas peças históricas – exceptuando talvez Ricardo II , Ricardo III e, obviamente, o admirável Júlio César – mas antes Sonho de uma Noite de Verão, Romeu e Julieta, Macbeth e, sobretudo, A Tempestade – esta última está presente, desde o título à sua trama interna, no meu primeiro romance A Ilha está Cheia de Vozes (1972, reeditado ampliado em 1978) –  cujo título era, obviamente, uma adaptação duma frase da derradeira peça do bardo,  “the isle is full of noises”.

Esta minha paixão pela literatura inglesa, desde Shakespeare ao século XX, não se pôde comparar àquela que me levou a devorar toda uma biblioteca de escritores italianos, de que mencionarei tão só os nomes de Leonardo Sciascia (com especial prazer ao encontrar no seu Negro sobre Negro um modelo ideal de diário íntimo que praticaria anos a fio, enchendo um caixote com dezenas de caderninhos de notas pessoaais manuscritas, que não tenciono editar), Tomasi di Lampedusa (O Leopardo, póst., 1958), Dino Buzzati (O Deserto dos Tártaros),[2] Italo Calvino, Giorghio Bassani (O Jardim dos Fizzi-Contini), Carlo Levi (Cristo parou em Eboli), Primo Levi (Se Isto é um Homem e A Trégua), Curzio Malaparte (Kaputt, 1944), etc. O neo-realismo italiano nunca me foi especialmente atraente, exceptuado talvez Calvino na sua fase inicial e ainda o excepcional retrato da vida durante o fascismo italiano feito por Ignazio Silone, tanto em Fontamara (1930), como em Pão e Vinho.
 
 
 
O soldado Chveik
 

Quanto ao mundo checo, creio que dois nomes resumem para mim essa literatura travessa e maliciosa, de enorme impacto na consciência europeia, com as obras de Joroslav Jasek, com todo o ciclo de “imbecilidade épica” (ou genial astúcia) do seu Valente  Soldado Chveik, só recentemente vertido da língua original para o português – graças a um aluno meu que tantas vezes me ouviu deplorar que, em Portugal, apenas em inglês ou francês se podia compreender a gloriosa astúcias do herói dessa obra, por falta de quem os soubesse traduzir do checo para a nossa língua, que ele decidiu faze-lo, dotando as nossas livrarias da primeira versão feita directamente do original [3] –, bem como os livros mais recentes de Bohumil Hrabal, o endiabrado autor de Comboios estreitamente vigiados, adaptado ao cinema durante a efémera “primavera de Praga” e de Eu que servi o Rei da Inglaterra. [4]  



Fausto e Mefistófeles

 
 
Quanto aos autores alemães, além de Rilke, cuja obra li incessantemente nos meus anos na universidade, a começar com desde Os Cadernos de Malte Laurids Brigge (numa tradução de Paulo Quintela, Coimbra, 1955)  à edição bilingue As Elegias de Duíno e os Sonetos de Orfeu, As Cartas a um jovem Poeta e o Livro da Pobreza e da Morte. Três outros poetas de língua germânica me fascinaram, ainda que de modo diferente: Friedrich Hölderlin, Georg Trakl e Paul Celan – todos eles poetas malditos, obcecados pelo suicídio, tocados pela loucura. Quanto a Goethe, interessou-me na sua obra, acima de tudo, a peça dramática Fausto, à qual dediquei num ensaio sobre os grandes emblemas culturais europeus algumas páginas no capítulo da mitologia fáustica.[5] Quanto aos romancistas, verdadeiramente venero três, Thomas Mann (Montanha mágica, As Confissões do Cavalheiro de Indústria Félix Krull e  Dr. Fausto),[6] Joseph Roth (A Marcha Radetsky e A Cripta dos Capuchinhos, 1932 e 1938, respectivamente).e ainda aquele que mais me fascinou ao longo de anos de leitura recorrente, o judeu de Praga, o grande e enigmático talmudista Kafka, ao qual dediquei um ensaio de alguma extensão.[7]
 
 
Stanislaw Lem
 

Quanto à Polónia, o único autor que li com especial fascínio foi Stanislaw Lem (1921-2006), em cuja “ficção científica”, mais à maneira do Micrómegas de Voltaire do que dos autores canónicos desse género que, aliás, não aprecio, encontrei uma paráfrase da teologia negativa de Dionísio Areopagita[8], autor do estranhíssimo Solaris  adaptado ao cinema de modo decepcionante por Tarkovsky (1972) e Steven Soderbergh (2002). Além de poeta, Lem é autor de inúmeros romances de “ficção científica” e de ensaios literários e filosóficos, sendo recorrente nele o tema da dificuldade ou impossibilidade de compreensão entre civilizações de planetas diferentes.[9] Lem acabaria por abandonar o seu país em 1982 quando ali se estabeleceu a lei marcial, exilando-se em Berlim e, depois, em Viena, só tornando à Polónia em 1988. Outro polaco, naturalizado inglês e escrevendo sempre nesta língua, faz parte dos meus favoritos mais íntimos, o grande romancista Joseph Conrad (1857-1924), cuja pungente parábola Coração das Trevas (1902), baseada numa traumática experiência de piloto no rio Congo, uma das histórias mais enigmáticas da literatura, em torno de um misterioso chefe de uma empresa de transporte de marfim no colónia belga, poderosamente transposta para o cinema por Francis Ford Coppola com um elenco excepcional (Marlon Brando, Robert Duvall e Martin Sheen), Apocalypse Now (1979). Há neste curto romance uma cena que sempre me impressionou como uma das mais amargas metáforas da relação dos europeus com o continente negro, com a “vazia imensidão da terra, céu e água” e a sufocante floresta africana, aquela em que um barco de guerra francês bombardeia inutilmente a selva, emblema de uma impossível relação com um horror que transcende todas as forças humanas, essa “coisa monstruosa e livre”, além da indomável e misteriosa selvajaria natural, vinda dos começos do tempo, esse “impenetrável negrume” que vem do “coração de uma imensa escuridão” (termos usados por Conrad), condensado na tão citado grito final de Kurtz: “O horror! O horror!”...

Não me esquecerei nunca de como, logo nos primeiros tempos do regresso a Moçambique, no 6º ano liceal, me iniciei na grande literatura clássica dos trágicos gregos, lendo o Rei Édipo de Sófocles, livrito publicado em português, pela Inquérito,  em 1939, traduzido e prefaciado por Agostinho da Silva, que me deu a primeira grande sensação de estar diante de algo de transcendente e intemporal, de uma tragédia que tinha a ver com a essência da condição humana, já que através da acção do salvador e depois rei de Tebas se  chegava à intolerável descoberta de que, cumprindo os seu fado cruel, Édipo matara o pai e se casara coma mãe; esta dúvida cruel sobre o involuntário parricídio e incesto levara-o a investigar, desesperada e heroicamente, a suspeita que pairava sobre os seus actos, o que o levaria o vencedor da Esfinge a descobrindo por fim a horrível verdade que a sua vida escondia, vazando os olhos e exilar-se em Colona. Só vários anos depois, tive oportunidade de mergulhar a sério na leitura dos grandes dramaturgos gregos  Sófocles, Ésquilo, Eurípides e, ainda, como aluno do Pe. Manuel Antunes, de ler a fundo a Odisseia, que desde então marcou tanto a minha sensibilidade psíquica e cultural que alguns anos mais tarde prestaria ao meu antigo professor a minha modesta homenagem ao publicar Ulisses, o Europeu (2000).[10] Encarei sempre o basileus de Ítaca como o modelo intemporal do Europeu, o com a vantagem de poder associar o homem das mil astúcias, como o permitiu a James Joyce fazer do seu Ulysses (1922) um romance total que Ezra Pound classificou de “pan-literatura”, aventura homérica vivida agora como nova Odisseia irlandeso-judia através da figura de Leopold Bloom, personagem central duma anti-epopeia paródica e de mise en abîme de toda a longa aventura do regresso do herói a Ítaca, no qual a reencarnação judaica do herói grego é narrada como anticlímax novecentista – basta recordar como a cena do Ciclope do bardo helénico, se passa agora de maneira trágico-cómica, numa taberna, onde um vesgo ciclope anti-semita, o Patriota irlandês fanático do Sinn Fein, além de insultar Bloom, o tenta atingir com uma lata de biscoitos, embora falhando o alvo: Joyce transformava toda a epopeia e o nostos final homéricos numa paródia onde os dez anos de errância pelo Mediterrâneo se condensam num único dia passado em Dublin, o “Bloomsday” (16-VI-1904), assim como o novo Telémaco se chama Stephen Dedalus (antes jovem do autobiográfico Retrato do Artista quando jovem, 1915-15)  e a paciente e fidelíssima Penélope grega é aqui Molly, uma mulher que engana o marido e cujo  monólogo final se metamorfoseia num longo orgasmo lírico.
 
 
Samuel Beckett
 

Regressado ao tema do teatro, devo confessar que, porventura graças à medíocre situação da arte dramática entre nós, sempre li os textos das tragédias gregas em vez de as ver representadas no palco, com a notável excepção de dois grandes dramaturgos que me fascinaram nos anos 50/60, autores estrangeiros vivendo em França, o irlandês Samuel Beckett (Dublin, 1906 – Paris, 1989) e o romeno Eugène Ionesco (I909-1994). Quanto a este último, tive o gosto de o entrevistar, em Sintra, em Setembro de 1959, para a revista semanal O Mundo, texto que reproduzo no meu livro (inédito) Mircea Eliade no Portugal de Salazar, 1941-1945.[11]  Samuel Beckett, irlandês de confissão protestante, fixado desde 1938 em França, passando a escrever em francês, caso único no espaço europeu, traduzindo ele mesmo para a língua de Molière as suas peças, poemas e romances que entretanto editara em inglês. Publicado em 1952, À Espera de Godot, que seria estreado com estrondoso êxito, em Paris, em 1953, e alguma pateada nas primeiras representações no Théâtre de Babylone, numa encenação de Roger Blin, que representou o papel de Pozzo. Vi essa peça numa excelente representação portuguesa, no Teatro da Trindade, alguns anos depois, numa altura em que o chamado “teatro do absurdo”, no qual o dramaturgo franco-romeno tivera também papel de destaque, se tornara contagioso na Europa toda. E foi no minúsculo Teatro de La Huchette, em Paris, que eu vira, na minha primeira viagem europeia, no Verão de 1958, A Cantora Careca e A Lição, duas das peças mais famosas de Ionesco.

Quanto à tão fascinante quanto perturbadora peça metafísica de Beckett, senti sempre nela, nas minhas várias leituras e na assistência a uma nova versão, levada ao palco por um grupo de amadores ingleses, num teatro britânico na Estrela, nos anos 90, o choque de ver representado no palco um grande texto poético e filosófico, para não dizer bíblico ou teológico, interpretado por cinco figuras – o par de vagabundos Vladimir (Didi) e Estragon (Gogo) e o duo do escravo Lucky e o seu cruel dono Pozzo, mais um jovem que duas vezes informa as personagens de que o Sr.Godot só viria no dia seguinte, adiando assim uma espera que ganhava uma angustiante dimensão simbólica de um misterioso salvador eternamente esperado e adiado –, erguendo naquele espaço de aridez desértica, com uma única árvore, uma acção quase inexistente, no qual se resume toda a história do género humano, oscilando sempre entre espera duma salvação prometida mas sempre adiada para um futuro que nunca chegará – “Estragon: Vamos. – Vladimir: Mas não se pode. – Estragon: Porquê? – Vladimir:  Esperamos Godot.   Estragon:  É verdade.” (Acto I) – e velha prática de opressão praticada pelos senhores sobre os seus servos, como na referida relação entre o brutal Pozzo e o seu servo Lucky, que o primeiro controla através de umas rédeas, como uma besta, chamando-lhe “porco” e ordenando-lhe que pense em voz alta, para diversão dos demais presentes, cabendo-lhe ainda ao escravizado Lucky transportar uma mala carregada de areia e usar um chapéu que o inspira, para poder debitar o delirante e gritado monólogo do Acto I. Para interromper esse impetuoso chorrilho sem qualquer sentido, Vladimir arranca-lhe então o chapéu, pondo fim à logorreia de Lucky. O escravo e o senhor partem, continuando Vladimir e Estragon à espera de Godot, chegando então a criança que lhes transmite o recado do novo adiamento da vinda deste.

No dia seguinte e no mesmo lugar, os dois vagabundos continuam à espera que Godot chegue e os salve. Todavia, nada de verdadeiramente novo acontece, pois todos os diálogos desencantados e gastos se repetem ciclicamente. O escravo Lucky e o seu senhor Pozzo regressam, com a diferença de que o tirano agora está cego e o escravo mudo, associando-se os dois vagabundos às humilhações impostas a Lucky por Pozzo. Quanto a Godot, uma vez mais não vem, embora mande avisar, de novo, que a sua chegada se fará no dia seguinte. Vladimir aproveita para fazer algumas perguntas ao mensageiro de Godot:  “– Vladimir: Godot, o que é que ele faz?,(…). – Rapaz:  Ele não faz nada, senhor. (…).– Vladimir: Ele tem uma barba, Godot? –Rapaz: Sim,  senhor. –Vladimir: Loira (hesita)… ou negra? – Rapaz (hesitante): Creio que é branca.”

Os dois vagabundos decidem então suicidar-se, enforcando-se na árvore que agora tem folhas. Mas também esta tentativa é uma solução vã, fracassando porque o cinto de que precisavam para esse intento se quebra. As duas derradeiras palavras desta peça imóvel e dum trágico burlesco são: “– Vladimir: Bem, então vamos partir? – Estragond: Vamos. (Não se mexem).”

 

 

João Medina

 

Excertos do livro inédito Memórias de um Estrangeirado

 

 



[1] Veja-se Harold BloomShakespeare. The Invention of the Human, Nova Iorque, Riverhead Books, 1998, p.4 (“Mais ainda do que os outros prodígios de Shakespeare - Rosalina, Shylock, Iago, Lear, Macbeth, Cleópatra -, Falstaff e Hamlet são a invenção do humano”).
[2] Veja-se o nosso artigo “O Deserto dos Tártaros, de Valerio  Zulinii, um filme metafísico”, revista Islenha, Funchal, nº 50. Janeiro-Junho de 2012, pp.101-108, ilustr. (sobre o filme de Zurlini baseado no romance de  D. Buzzati).
[3] Veja-se O bom Soldado Svejk durante a Guerra Mundial, trad, do checo por Lumir Nahodil, Lisboa, Tinta da China, 2012, pref. de L.N., pp.7-8: “Como dizia o Professor João Medina, num dos pontos altos do meu percurso de aprendiz académico, «o Svejk é um daqueles livros em que metade da vida é explicado, sendo que a outra metade é a própria vida que explica.»”.
[4] Veja-se a nossa recensão crítica deste livro de B. Hrabal na Revista da Faculdade de Letras, 5ª série, nº 15, Lisboa, 1993, pp.216-19.
[5] Ver o nosso estudo a secção “Fausto, a ânsia de tudo saber ou o pacto com o diabo”, no nosso ensaio De Homero a Kafka, passando por Cervantes e Nietzsche: grandes mitos do imaginário cultural europeu (separata), revista Clio, nº 11, 2004, pp. 31-42; retrato de Goethe, p.88; imagem da cena de Blocksberg, p.89.
[6] Publiquei um estudo sobre Thomas Mann e o seu filho Klaus Mann. Dois Exilados alemães. Klaus Mann e Thomas Mann no Exílio antinazi, Lisboa, Livros Horizonte, 2003, ilustr, Sobre o gartnde romance Mefisto deste último, vide pp.18-61; sobre Th.M. e o seus conflitos com B. Brecht : pp.64-125) -
[7] Veja-se o nosso artigo De Homero a Kafka , revista Clio, Lisboa, 2004, pp.13-92 (maxime pp.68-77, ilustr. com um retrato de Franz Kafka, p.91).
[8] Veja-se n’Os meus Vícios (2011) o que escrevo, no capítulo “Ignoto Deo”, sobre este misterioso autor cristão, o Pseudo-Dionísio Areopagita, pp.204-5.
[9]
[10] Neste nosso ensaio Ulisses o Europeu (Lisboa, Livros Horizonte, 2000), procurámos sublinhar é que o herói das mil astúcias era, desde Homero aos nossos dias, na sua vera essência de andarilho, de porfiado nauta e sagaz guerreiro, lutando contra deuses hostis, tempestades devastadoras e até ninfas cativantes como Calipso ou perigosas feiticeiras como Circe, pertinazmente aferrado ao seu pertinaz desejo de tornar a Ítaca, um herói essencialmente europeu. Sobre o Ulysses de Joyce, vide maxime pp.30 e 87(cena do “Patriota” irlandês e Bloom na taberna de Barney Kierman) e p.83.
[11] Veja-se a nossa entrevista “Ionesco em Portugal”, revista O Mundo, Lisboa, nº 110, 12-IX-1959, pp.40-41 (com duas fotos tiradas durante a entrevista). Tendo-lhe eu perguntado o que pensava do teatro de S. Beckett, Ionesco respondeu: “Gosto muito de Beckett”.



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