quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

São Cristóvão pela Europa (81)


É um lugar-comum mas é uma realidade. O Museu do Louvre é seguramente um dos grandes museus do mundo.
A imagem de São Cristóvão não podia deixar de estar representada, demonstrando a sua relevância na História da Arte.
Comecemos com uma gravura sobre madeira de Lucas Cranach, o Velho (1472-1553), da segunda metade do século XVI.  Deve ter sido impressa pelo filho, que terá recuperado o trabalho do seu pai:
 

 
Francesco Di Giorgio Martini (1439-1501) foi um escultor de Siena que executou esta figura de São Cristóvão para a capela de Antonio Bichi na Igreja de Santo Agostinho em Siena. Estava colocada no centro de um retábulo. Foi esculpida em madeira de álamo.
Um orifício situado no seu ombro esquerdo servia para a fixação da figura do Menino Jesus. Um restauro de 2015 permitiu encontrar a cor original do manto:

 
 


Já se falou aqui no Malomil dos Catorze intercessores ou os catorze santos auxiliares.
Este retábulo representa esses Catorze Intercessores. Foi realizado em madeira de tília na Francónia mais precisamente em Kronach no final do Século XV. São Cristóvão lá está como um dos catorze Santos.
 
 

Este fragmento de um relevo funerário em calcário carbonífero representa São Cristóvão, um doador e dois filhos. Estão ajoelhados em frente da Virgem de que restam apenas um vestígio do vestido e uma parte lateral do seu trono. A obra foi produzida na primeira metade do século XV no Condado de Hainaut, hoje Bélgica:




Severo da Ravenna foi um escultor na primeira metade do Século XVI activo em várias cidades italianas como Pádua, Ferrara e Ravenna. Produziu este bronze hoje exposto no Museu do Louvre:
 




 
O Mestre de Dreux Budè foi um pintor por vezes identificado como André d’Ypres que pintou em Tournai, Amiens e Mons no segundo quartel do Século XV.
O Beijo de Judas e a Prisão de Cristo foi pintado sobre madeira de carvalho na década de 40 daquele século.
Fazia parte de um tríptico encomendado por um alto funcionário real para uma capela da Igreja de Saint Gervais et Saint Protais de Paris. O doador e o seu filho estão ajoelhados, colocados sob a protecção de São Cristóvão.
 



 
Fotografias de 13 de Janeiro de 2019.
 
José Liberato
 

7 comentários:

  1. O Louvre é seguramente um dos grandes museus do mundo? You don’t say! (fez-me lembrar o saudoso conselheiro Acácio)

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  2. O Louvre é seguramente um dos grandes museus do mundo? You don’t say! (fez-me lembrar o saudoso conselheiro Acácio)

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  3. Talvez não tenha lido a frase anterior, «É um lugar comum mas é uma realidade», o que o teria poupado a este seu escusado comentário (para dizer o mínimo).

    António Araújo

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  4. Ora… mesmo assim. Nunca lhe ocorreu, perante alguma afirmação de uma coisa óbvia, responder (ou pelo menos pensar) “A sério? Não me diga!” Serve para estas situações. Pois foi o que me aconteceu. Imagine que alguém dizia: “É um lugar-comum mas é uma realidade. Os Estados Unidos são seguramente uma das grandes nações do Mundo”. Vai ter de reconhecer que isto é engraçado.

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  5. A liberdade de expressão é um valor supremo!
    A sério? Não me diga!

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  6. Há muita gente que não acha tão óbvio que esse seja um valor supremo. É precisamente por isso que essa questão provoca debates. Ao contrário, acho que é mais ou menos, mais ou menos consensual que o Louvre é um dos grandes museus do mundo, sem prejuízo de alguns malucos poderem discordar. Está ao nível de “a alimentação é um bom contributo para nos manter vivos”. Discussão interessante, esta

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  7. Há muita gente que não acha tão óbvio que esse seja um valor supremo. É precisamente por isso que essa questão provoca debates. Ao contrário, acho que é mais ou menos, mais ou menos consensual que o Louvre é um dos grandes museus do mundo, sem prejuízo de alguns malucos poderem discordar. Está ao nível de “a alimentação é um bom contributo para nos manter vivos”. Discussão interessante, esta

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