quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Entre Oriente e Ocidente (9).

 



 

Poucos saberão que um país interior como a Bósnia-Herzegovina dispõe de um corredor de cerca de 20 km de largura de acesso ao mar. Circunstância tranquila em ambiente de paz, mas certamente perigosa em épocas de confrontação.

O corredor de Neum foi, segundo alguns, uma habilidade da República de Ragusa que assim oferecia uma compensação aos otomanos por não ocuparem o seu território e ao mesmo tempo instituía um tampão entre ela e a sua grande rival, a República de Veneza.

A realidade dos factos é que quem vem de Mostar para Dubrovnik faz um percurso cheio de obstáculos fronteiriços. A estrada entra primeiro em território croata, prossegue para a fronteira do enclave bósnio para finalmente sair do enclave de novo para terra croata. Três fronteiras!

 




Mas já há solução.

A Ponte Peljesac permite, a partir de 26 de Julho deste ano, contornar o corredor de Neum. Com financiamento europeu e construída por uma empresa chinesa revela bem uma competição de influências bem característica da História balcânica.

Vê-se ao fundo:






É aliás visível o investimento em infraestruturas com apoio da União Europeia ou da China.

Por exemplo, na Bósnia-Herzegovina e na Croácia:

 



 

A iniciativa chinesa denominada as novas rotas da seda contempla não só auto-estradas na Macedónia do Norte, mas também um corredor ferroviário de Budapeste ao porto do Pireu (nas mão s de empresas chinesas). Este corredor passará pela Sérvia e pela Macedónia do Norte.

 

Fotografias de13 e 14 de Agosto de 2022

 

José Liberato


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