sexta-feira, 3 de julho de 2015

Viagem à R.D.A., de Blasco Hugo Fernandes.

 
 
 
 
A emulação socialista desenvolve-se em todos os campos: no trato com as pessoas e clientes de uma casa, nas montras, etc. Num restaurante encontrámos à entrada um cartaz onde se liam os seguintes dizeres: «lutamos em nome da nossa República pelo diploma de restaurante hospitaleiro»; noutro, o ponto de honra era o de servir rapidamente, sem fazer demorar o cliente, mas sem diminuir a qualidade do serviço. As diversíssimas lojas e armazéns pugnavam também pela melhor apresentação das suas instalações, para gosto dos respectivos trabalhadores e do público em geral. Este objectivo observa-se não só nas cidades como fora delas: é frequente encontrarem-se na estrada casas de chá, restaurantes regionais e inclusivamente habitações onde o sentido estético constitui preocupação permanente e incentivada. Os edifícios das cidades amplas e modernas; as cidades praticamente reconstruídas das ruínas da 2ª Grande Guerra. Os transportes públicos de grande eficiência. As pessoas denotam uma tranquilidade espantosa que nos pareceu sinal de bem-estar e de confiança no futuro.
(Blasco Hugo Fernandes, Viagem à R.D.A., Lisboa, 1975, pp. 11-12)


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