sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Missinha Solene.





Assim se chama “o último pecado” de Rossini, o seu pecado de velhice – nas palavras do próprio. Música sagrada ou música sacrílega, a Petite Messe Solennelle?

Pequena, porque o acompanhamento instrumental resume-se a 2 pianos e 1 harmónio, o coro a 13 cantores, “de 3 sexos” (nos dias de hoje, eventualmente mais alguns – sexos e cantores).

Solene também, mas dela já se disse que o seu mistério é ser ao mesmo tempo espetacular e extraordinariamente modesta, elegante mas sem a opulência sentimental de muita música sacra.

O Gioachino dedicou-a ao seu deus com a mais cândida das sinceridades: “um pouco de ciência, um pouco de coração, está lá tudo. Sê pois bendito e concede-me o paraíso”.

Fica aqui o Kyrie – pouco mais de dois minutos –, na minha interpretação de eleison, a do RIAS-Kammerchor sob a direção de Marcus Creed (Harmonia Mundi, 2000).




Se o som do vosso aparelho for uma porcaria e não houver auscultadores à mão, mais vale esta, um nadinha menos boa, creio, mas em que se ouve mais o piano e o harmónio: M. Piquemal & Cia.





Manuela Ivone Cunha













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