sábado, 5 de fevereiro de 2022

Isabel II, a Eterna.

 

 



Desde a morte do principe consorte, essa viuva é viuva como é rainha – magnificamente. Tem a tranquillidade de um ser indifferente a tudo, excepto ao dever.”

Branco e Negro – Semanario Illustrado, 27 Junho 1897

Only the passage of time can filter out the ephemeral from the enduring.

Isabel II, Discurso ao Parlamento na ocasião do Jubileu de Ouro, Abril 2002

 



No meio do declínio moral que atinge, sem distinção alguma entre repúblicas e monarquias, todos os países e até a sua própria família, a Rainha Isabel II permanece como um farol de dignidade, um exemplo de entrega a uma causa, expoente máximo de serviço público e de dedicação.


Será porventura porque o carácter de Isabel de Inglaterra foi traçado numa forja irrepetível em que se juntaram dois acontecimentos de proporções históricas, a Abdicação de Eduardo VIII e a Segunda Guerra Mundial, cada um deles traumático à sua maneira: o primeiro pela singularidade absurda de um rei que abandona o seu dever para com o seu país, colocando em risco a instituição que estava obrigado a preservar; o segundo pela dimensão avassaladora da violência, da destruição e do horror, misturados com o inspirador sentido de coragem e resistência que os então Reis Jorge VI e Isabel, pais de Isabel II, representaram para o seu Reino e para todo o Mundo livre.


Estas duas experiências históricas, vividas na década em que a jovem princesa passou de criança a adulta, foram determinantes na formação do espírito de serviço e de resistência às adversidades de que Isabel II tem dado provas ao longo do seu longuíssimo reinado.


Se é verdade que, em cada tempo, haverá uma tendência para considerar que as mudanças foram radicais em relação às décadas anteriores, será seguro afirmar que diferença entre 1952 e 2022 é mais extraordinária, por exemplo, do que a diferença entre 1837 e 1901, os anos de início e fim de reinado da Rainha Vitória. As mudanças sociais, políticas, religiosas e tecnológicas nunca foram tão profundas como no actual reinado.







Quando, a 6 de Fevereiro de 1952, a vida de Jorge VI se extinguiu tranquila mas inesperadamente, o mundo ocidental era ainda profundamente reverencial. A barbárie bolchevique triunfara na Rússia apenas 35 anos antes ceifando a vida dos Romanov, mas até ali já se havia transformado o antigo respeito pelos czares numa nova devoção pelos mártires vermelhos. Estaline, que morreria no ano seguinte, era um dos vencedores da Guerra e não apenas o monstro carniceiro de tantos povos.


Aos 25 anos, Isabel II tornou-se rainha no topo de uma árvore no Quénia, então colónia britânica. Longe estaria de imaginar que em breve seria erguido um muro à volta de parte Berlim, que o Homem chegaria à Lua uns anos depois, que uma espécie de confederação económica europeia vingaria por longas décadas, que a vida da sua família seria cruelmente devassada pelos tablóides, que os e-mails suplantariam as cartas e que os telemóveis trariam uma impensável rapidez e devassa à vida, que veria um afro-americano chegar a Presidente dos Estados Unidos da América, que um Papa renunciaria ao pontificado, ou que tendências seriam ditadas por jovens influencers sem méritos conhecidos, para citar apenas alguns dos muito extraordinários acontecimentos destes 70 anos.


Churchill regressara ao poder apenas 4 meses antes, numas eleições em que, pela terceira vez, perdeu o voto popular, ficando com menos 230.000 votos do que os Trabalhistas (em 1945 e 1950 perdera por mais...), mas em que o sistema eleitoral deu aos Conservadores uma curta vantagem em número de deputados. O ancião herói da Guerra, sempre impecavelmente vestido e polido, terá sido uma ajuda providencial para Isabel II nos primeiros anos do reinado. E, também nesse aspecto, a Rainha estaria longe de imaginar que em 2022 teria como Primeiro-Ministro um louro desgrenhado chamado Boris ou que um dos seus putativos sucessores e Chanceler do Tesouro seria um jovem de 41 anos, de pais indianos, chamado Rishi Sunak.











Jorge VI fora, genuinamente, um herói. Vencedor da sua própria timidez e gaguez profunda, foi um dos grandes símbolos da resistência ao recusar-se a abandonar Londres e ao ter a sua casa – Buckingham – bombardeada como tantos milhares de londrinos, escapando por pouco à Luftwaffe. Isso fez dele um dos vencedores da Guerra e um rei amado pelo seu povo. Mas tal não impediu que, naquele dia 6 de Fevereiro de 1952, uma das extravagâncias das monarquias voltasse a acontecer. Ao choque pela perda de um rei amado, de um herói, sobrepôs-se rapidamente a excitação do início de um novo reinado, uma nova era isabelina, com uma rainha jovem e bonita, o dealbar do tempo novo que permitiria esquecer os horrores da Guerra.


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O último monarca a celebrar 70 anos no trono, dito agora Jubileu de Platina, foi o anterior Rei da Tailândia, Bhumibol Adulyadej. Chegou à admirável marca em 2016, hospitalizado há muito, morrendo no mesmo ano. Já neste mês de Janeiro de 2022, Margarida II, a especialíssima Rainha da Dinamarca, que herdou um país convictamente republicano e o transformou num reino cosmopolita onde ainda impera a tradição, assinalou de forma discreta – covid oblige – os seus modestos 50 anos no trono, o Jubileu de Ouro, adiando as comemorações para mais tarde.  


Um jubileu assinala uma data redonda e marcante. Com origem no Livro do Levítico, que manda santificar o quinquagésimo ano e institui uma série de regras (Lev 25, 8-28), o primeiro jubileu instituído para o futuro e com periodicidade fixa de 100 anos, terá sido o do Ano Santo de 1300. Como as Escrituras falavam em 50 e todos gostamos de alegria, os Papas logo se apressaram em reduzir a periodicidade –passando primeiro de 100 para 50 anos e encurtando depois para metade. Assim, a Igreja Católica celebra a cada 25 anos um aniversário especial do nascimento de Cristo, com anos e portas santas, indulgências e peregrinações. O último foi o Grande Jubileu do Ano 2000, proclamado pelo Papa São João Paulo II e que mobilizou a Igreja Universal para assinalar os dois milénios desse momento marcante da nossa civilização – até na forma como situamos, no tempo, a História. 


Outras instituições passaram a assinalar os seus jubileus e os monarcas viram nessas celebrações a ocasião para renovar a sua aliança com o povo. A Rainha Vitória de Inglaterra celebrou os seus 50 anos no trono em Junho de 1887, uns anos depois de ter assumido o título de Imperatriz da Índia – e as comemorações tiveram um marcado travo indiano, com a chegada de vários rajás e marajás, mas também de dois criados indianos, um dos quais haveria de acompanhar a Rainha-Imperatriz até ao fim dos seus dias, numa relação não isenta de polémica.






Ao lado dos representantes de muitos outros tronos que desapareceriam nas décadas seguintes, os Príncipes D. Carlos e D. Amélia representaram Portugal nas cerimónias descritas na imprensa internacional como magníficas empompa, circunstância e entusiasmo popular. N’O Occidente (n.º 307), Manuel Pinheiro Chagas exaltava então o imobilismo de Victoria, “uma estatua”, como a maior das suas virtudes:

Victoria representa a inamovibilidade das instituições britannicas, e representa-as bem porque parece tambem inamovível. O inglez tenaz, afferrado aos seus habitos, pouco propenso a mudal-os, tem uma grande sympathia pela rainha que foi tão amavel com o seu povo que resolveu conservar-se firme como uma estatua no seu posto. (…) No seu imperturbavel afferro á existencia representa por tal fórma a tenacidade ingleza, que os seus subditos adoram-n’a como um symbolo. (…)

“A perturbação que a morte da rainha Victoria produziria na Inglaterra é incalculavel. Nem nos atrevemos a suppôr sequer como é que a Inglaterra poderá atravessar essa crise. (…)

Ora imaginem o que resultará do funesto acontecimento que obrigue os inglezes a deixarem de cantar God save the queen para passarem a cantar God save the king! É caso para produzir um abalo medonho na solidez da monarchia britannica.




Dez anos depois, em 1897, o Jubileu de Diamante assinalou os 60 anos de um reinado que já não entusiasmava, mas até Vitória ficou impressionada com as comemorações: "No one ever, I believe, has met with such an ovation as was given to me, passing through those 6 miles of streets . . . The cheering was quite deafening & every face seemed to be filled with real joy. I was much moved and gratified." – escreveu no seu diário.


A imprensa portuguesa não poupou, novamente, nas loas à Rainha:

“O ser immaterial accentuou-se sob a experiencia da vida e as canceiras do governo. A aurora de 1837 é hoje um crepusculo sumptuoso.

“Decana das rainhas e das imperatrizes, se não tivesse muitas corôas, seria ainda a maior mulher das Ilhas-Britannicas.

“Robusta como um carvalho, apezar dos seus 78 annos, a Rainha tem esse rosto severo que as grandes funcções e as grandes dôres cinzelam. Desde a morte do principe consorte, essa viuva é viuva como é rainha – magnificamente. Tem a tranquillidade de um ser indifferente a tudo, excepto ao dever.”


Deste texto publicado no Branco e Negro – semanario ilustrado (n.º 65), perpassa uma certa antecipação de fim de ciclo, o crepúsculo robusto que antes foi aurora imaterial.


Isabel II ultrapassou há muito o recorde britânico da sua trisavó Vitória, que morreu em Janeiro de 1901, após 63 anos e meio de reinado. E se o recorde de Luís XIV de França – 72 anos e 110 dias de reinado – parecia há uns anos irrepetível, tendo em conta que reinou desde os 4 anos de idade, ninguém se surpreenderá se a Rainha de Inglaterra lá chegar, em finais de Maio de 2024... Tal como, durante o século XX, a sua trisavó, a Rainha Vitória, foi sinónimo de longevidade, Isabel II prepara-se para ser uma referência para muitas décadas, provavelmente para vários séculos, um caso de estudo genético e de ciência política.


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Desligado dos contextos familiar, político e social, o reinado de Isabel II pode parecer uma ladainha monótona: as Aberturas Solenes do Parlamento, os desfiles do Trooping the Colour e os cortejos da Ordem da Jarreteira, os Natais em Sandringham e os Verões em Balmoral, as visitas de Estado e as tours pela Commonwealth, tudo com uma cadência quase perfeita.




E é, contudo, na singular circunstância de esta ladainha não se ter alterado substancialmente que está um dos segredos do sucesso de Isabel II enquanto soberana. Não propriamente por se fingir uma estátua, na expressão de Pinheiro Chagas, mas por ter presidido a uma evolução serena e discreta, num país que foi um turbilhão de acontecimentos e emoções mas continuou a ser o Reino Unido. Como a própria referiu em 2002, “Change has become a constant; managing it has become an expanding discipline.


Do ponto de vista político, a intervenção política mais arriscada da rainha terá ocorrido precisamente a propósito do tema que, historicamente, mais divisão causa nas ilhas britânicas: o da união. Em 1977, quando celebrava o seu Jubileu de Prata, a Rainha dirigiu ao Parlamento palavras muito fortes contra a devolução de poderes e em defesa da união do reino, assumindo-se como herdeira dos reis de Inglaterra, dos reis da Escócia e dos príncipes de Gales, mas sublinhando que fora coroada rainha do Reino Unido:

I cannot forget that I was crowned Queen of the United Kingdom of Great Britain and Northern Ireland.


O tom firme usado pela Rainha surpreendeu o grande Westminster Hall, a parte medieval que resta do antigo Palácio de Westminster. O trabalhista James Callaghan era o Primeiro-Ministro e Margaret Thatcher a Líder da Oposição e travava-se um debate aceso sobre a criação de um parlamento próprio para a Escócia. A rainha entrava a pés juntos num assunto constitucional muito delicado. O referendo escocês que teve lugar em 1979 deu uma vitória estreita aos que queriam a devolução de poderes, mas a participação eleitoral invalidou-o, acabando por fazer cair o governo de Callaghan que dependia do apoio dos nacionalistas escoceses e por levar Thatcher a Downing Street em 1979.


O assunto regressou no consulado de Tony Blair, eleito com a promessa de regressar ao tema. O referendo escocês teve lugar apenas 12 dias depois do morte de Diana, Princesa de Gales, num dos momentos mais duros do reinado, em que Isabel II parecia ter perdido o apoio do seu povo. O resultado foi avassalador, com 74% dos escoceses a favor da devolução de poderes. Uns dias depois também o País de Gales aprovou, por margem mais estreita, a devolução. A criação de parlamentos e de governos nacionais aconteceu dois anos depois. A união não foi quebrada mas, pelo menos no caso escocês, ficou abalada.


A hegemonia do Partido Nacionalista Escocês parecia conduzir irremediavelmente a Escócia à independência. Não estava, no imediato, em causa a chefia do Estado, uma vez que a Rainha passaria a ser Rainha da Escócia, recuperando a união pessoal que existiu até 1707. A Rainha apelou, discretamente, a que todos “pensassem muito bem na decisão”, sublinhando o carácter potencialmente definitivo. E, para grande frustração dos nacionalistas, o “não” à independência venceu no referendo de 2014, permitindo muito provavelmente a Isabel II terminar o seu reinado sem desfazer o legado dos seus antepassados.


O Reino Unido reverencial de 1952 transformou-se, em 2022, num país cosmopolita, símbolo orgulhoso de uma diversidade cultural e religiosa que espelha aquilo que foi outrora a sua glória imperial e que hoje muitos pretendem transformar numa perpétua cruz. Ter conseguido transformar essa herança colonial numa celebração – ainda que inconsequente – da diversidade é, provavelmente, uma das vitórias pessoais de Isabel II. A Commonwealth of Nations é a sua marca pessoal nesse legado de várias gerações de conquistadores.





Isabel II é ainda rainha de 15 países independentes. É Rainha do Canadá, Rainha da Austrália e Rainha da Nova Zelândia. Há 70 anos era também Rainha da África do Sul, do Paquistão e de Ceilão, que depois optaram pela via republicana. A atitude de respeito pela opção de independência das antigas colónias foi um aspecto que favoreceu o espírito da Commonwealth. O efeito isabelino será, em parte, o responsável pela surpreendente derrota do republicanismo no referendo feito na Austrália em 1999, com participação de 95% dos eleitores e que ditou uma opção de cerca de 55% pela continuação da monarquia constitucional – contrariando as sondagens que, consistentemente, indicam a república como favorita dos australianos.


A capacidade extraordinária para, com absoluta dignidade, “gerir a mudança” e reinar em dois países afinais tão distintos, o de 1952 e o de 2022, é sem dúvida um dos aspectos centrais da análise das sete décadas, num reinado pródigo em dificuldades e insucessos familiares. A sucessão de escândalos ocupou demasiado espaço mediático e a obsessão frívola – que faz correr mais tinta sobre os vestidos do que sobre os fins – diminuiu e continua a diminuir a percepção da dedicação da Rainha e da sua Família às causas sociais, caritativas, assistenciais, ecológicas e militares.


* * *


Em Abril de 1947, cinco anos antes de subir ao trono, a Princesa Isabel fez uma comunicação radiofónica aos povos da Commonwealth Britânica e do Império para assinalar os seus 21 anos, a maioridade. Fê-la a partir da Cidade do Cabo, na África do Sul, onde se encontrava a acompanhar os seus pais na primeira grande viagem real do pós-guerra. Foi o seu primeiro discurso e falou, com a sua jovem voz estridente, da experiência de crescer nos “anos terríveis e gloriosos da segunda guerra mundial” e das dificuldades vividas pelos jovens da sua geração.


Foi aos jovens que se dirigiu para se vincular expressamente à divisa dos Príncipes de Gales: “Ich dien.” ou “Eu sirvo.” A mensagem não podia ser mais clara: apesar de, por ser mulher, não ostentar o título dos herdeiros do trono (só em 2015 passou a haver direitos de sucessão iguais para homens e mulheres), a futura rainha fez ali, em directo para milhões de pessoas, um voto de serviço tão ou mais sagrado que o da sua própria coroação:

I declare before you all that my whole life whether it be long or short shall be devoted to your service and the service of our great imperial family to which we all belong.


A este voto de dedicação e de serviço, com valor de juramento ancestral, se voltou a referir em diversas vezes ao longo do seu reinado, para o renovar e reafirmar – aproveitando, em especial, os jubileus de Prata (1977), de Ouro (2002) e de Diamante (2012). É absolutamente notável que uma jovem de 21 anos se tenha comprometido de maneira tão dramática e definitiva há quase 75 anos e pareça não ter hesitado num só momento no cumprimento desse voto, mesmo quando o fez com sacrifício pessoal e familiar.


Num dos momentos difíceis do seu reinado, em 1992, perante o clamor intolerante de jornais e políticos, Isabel II reconheceu a necessidade de mudança e de adaptação de todas as instituições, incluindo a Monarquia, naquele que é certamente um dos mais relevantes discursos da sua vida porque feito num momento de especial fragilidade. A Rainha fez uma reflexão profunda sobre o tempo, sobre “a inestimável vantagem da perspectiva”, para pedir moderação, compaixão, tolerância e gentileza:

Distance is well-known to lend enchantment, even to the less attractive views. After all, it has the inestimable advantage of hindsight.

But it can also lend an extra dimension to judgement, giving it a leavening of moderation and compassion - even of wisdom - that is sometimes lacking in the reactions of those whose task it is in life to offer instant opinions on all things great and small.




Vinda de outro tempo, Isabel II traz até nós os valores dessa era já desvanecida, em que a palavra dada tinha um valor quase sagrado – e que contraste produz com o nosso tempo, em que pretendem imperar a moda e o efémero e em ninguém se preocupa sequer em exigir o valor facial da palavra.


A Magnífica, a Imortal, a Constante? Que cognome melhor definiria a Rainha que hoje celebra 70 longos anos de reinado? Porventura nenhum lhe faz suficiente justiça. Porque, sendo magnífica, se destaca sobretudo pela sua discreta e coerente constância; sendo mortal, se destaca pela intangível continuidade que representa. E se este é o crepúsculo do seu reinado, em nada é menos digno de admiração do que foi o seu dealbar.


A ditadura do efémero (“an era when the regular, worthy rhythm of life is less eye-catching than doing something extraordinary) impõe que a celebração do feito extraordinário de terem passado 70 anos de reinado seja mais relevante do que o serviço constante e regular – e como tal absolutamente extraordinário – ao longo desses 70 anos. Mas é essa dedicação sem falhas que, independentemente da duração que o reinado vier a ter, distingue Isabel II, vincando a utilidade da monarquia e o seu papel pessoal como modelo, possivelmente irrepetível e como tal eterno, de serviço público e de lealdade para com os seus povos.


Ademar Vala Marques

Fevereiro 2022









1 comentário:

  1. Verdadeira aula didática sobre história. Grato pela partilha. Gostei muito. Deixo o meu aplauso e elogio.
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    Feliz domingo
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    Pensamentos e Devaneios Poéticos
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