segunda-feira, 11 de julho de 2016

Amor Livre, de Coriolano Leite.

 
 
 
Ó lindas carnes moças, radiantes,
ó seios palpitantes,
ó bocas cor e sangue,
que infinita tristeza, ó raparigas, quando
todo o vosso frescor se muda em miserando
resto de carne ezangue,
 
Ó virgens, eu bem sei que os vossos corpos belos
hão de sentir também os túrbidos anelos
dos fecundantes beijos,
hão de vibrar também na ânsia colossal,
nos férvidos desejos
do acto natural.
 

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