A
valsinha nada tem de primaveril e a Primavera ainda está longe. Se lhe fosse
acrescentado um ponto de exclamação ao nome, soaria até como um espirro:
“Michurin”! Mesmo assim, quer-me parecer que só nasceu para sacudir a letargia
de jardins de fim de Inverno, seja a invernia em sentido literal ou figurado --
e a letargia, a do corpo ou a do espírito.
O
que é certo é que Dimitri Chostakovitch a compôs para um filme com jardins em
paragens frias. Mais exatamente, sobre alguém que fez nascer jardins -- muitos
jardins -- em sítios frios: Michurin. Ivan Vladimirovich Michurin,
jardineiro, hortelão, colecionador de plantas e grande agrónomo autodidata.
Tão
grande que recebeu convites para ir vicejar na América, mas preferiu continuar
plantado na Rússia dos Czares, tão hostil às suas ideias. Lá perseverou e hoje,
pelo mundo fora, há jardins comunitários com o seu nome.
O
jardinzinho que começou por criar na sua cidade natal, esse, foi crescendo até
se transformar num portentoso horto público.
Há
histórias assim. E música
a condizer com elas.
Manuela Ivone Cunha
Decerto que foi uma ideia genial. Adorei a música.
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Abraço poético
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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