«Viver
é uma auto-estrada com estações de serviço capazes de nos virar do avesso. Na
maior parte do tempo estamos na estrada, vivemos de rotina em rotina, cansamo-nos,
esperamos, festejamos, choramos. Mas de vez em quando temos de parar, esticar
as pernas, refrescar a cara, alimentarmo-nos de outras coisas que não as que
nos alimentam. Nas estações de serviço da vida encontramos, como num jogo de
enigmas, cartas que nos transportam para outras estações, pretextos que nos
levam a entrar noutros carros, noutro tempo, noutra realidade, Na vida, as auto-estradas
são o que temos e as estações de serviço a oportunidade de mudar o que temos.
Infelizmente, nas estações de serviço as pessoas e oportunidades que encontramos
não trazem livros de instruções, são jogos de cartas não marcadas em que só
depois de embarcarmos podemos entender o destino da viagem.»
Luís
Osório, in Sol, de 26/12/2014
Não admira que este jornal seja dado e ninguem o queira.
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