terça-feira, 24 de julho de 2012

É a falta de cultura.

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Não podia estar mais de acordo com Clara Ferreira Alves quando esta lamenta a ausência de cultura das actuais elites portuguesas. «É a falta de cultura, estúpido», assim se intitula a crónica notável que publicou na última edição do semanário Expresso. No deserto mental em que vivemos, na aridez de ideias em que nos deixámos mergulhar, Clara Ferreira Alves destaca-se da mediocridade reinante. Única, singularíssima, praticamente isolada. Alguns, porventura muitos, consideram-na pedante, snob, arrogante, superficial, vazia, frívola, ignorante – o que só demonstra inveja perante o seu talento ou incapacidade de compreender as suas reflexões profundas.  Na verdade, Portugal tem hoje poucos, muito poucos, com a estatura intelectual de Clara Ferreira Alves. Quase nenhuns, ousamos dizer. Pela criatividade da sua escrita, pela contundência do seu verbo, pela vastidão da sua cultura, Clara Ferreira Alves é uma voz inquieta e incómoda, que merece ser escutada, que tem de ser escutada. Ainda vamos a tempo de mudar de rumo.     
         Na sua última crónica, a autora de Mala de Senhora e Outras Histórias fustiga impiedosamente a incultura que domina o Portugal contemporâneo. Assistimos ao triunfo da «brigada iletrada», como lhe chama a cronista, citando Martin Amis. Das elites políticas aos jornalistas, ninguém escapa ao olhar penetrante de Clara Ferreira Alves,  senhora de uma lucidez que corta a direito e vai fundo. Uma cronista que grita a sua dor, a dor lancinante de quem vive num país atrasado e inculto. Clara Ferreira Alves possui a qualidade ímpar de, em breves linhas, fazer uma síntese perfeita do estado a que chegámos: «Portugal tem hoje uma pequeníssima elite que consome cultura, quase toda velha e sem sucessores». Não procuremos culpados, diz-nos. Culpados, somos todos. «Nós não somos diferentes disto», escreve Clara Ferreira Alves, num assomo de modéstia e de humildade que só os grandes possuem.  
         Contudo, há que apontar culpados. Só conseguiremos mudar se apurarmos responsabilidades. Entre os culpados, destaca a jornalista e escritora «o jornalismo, aterrorizado com a ideia de que a cultura é pesada e de que o mundo tem de ser leve». E, por isso, «nivelou a inteligência e a memória pelo mais baixo denominador comum». Daí «nasceu o avatar da cultura de massas que dá pelo nome de light culture, em oposição à destrinça entre high e low».
         Houve um tempo em que tudo era diferente em Portugal. Sim, houve um tempo diferente, muito diferente, uma época em que era vincada – e bem visível – a «destrinça entre high e low». Um passado em que os líderes eram cultos e letrados, alguns até eruditos, todos detentores de uma impecável high culture. Nesse passado irrecuperável, os intelectuais sabiam o que diziam – e os cronistas escreviam sobre o que sabiam.
Actualmente, «a cultura de massas ganhou» e «o tempo dos chefes cultos acabou». «Nada distingue hoje a burguesia do proletariado», observa a cronista. Nos nossos dias tudo se nivela por baixo, pelo light, pelo fácil, pela falta de saber e de cultura, pelo ritmo frenético das televisões, pela escrita apressada em efémeras colunas de jornal. Mas, naquele tempo, no tempo pretérito, as elites eram diferentes e «o partido comunista tinha uma elite intelectual e de resistência inspirada por um chefe que, aos 80 anos, quase cego, resolveu traduzir Shakespeare».  Clara Ferreira Alves refere, pois, que, aos 80 anos de idade, praticamente cego, Álvaro Cunhal resolveu traduzir Skakespeare. Mais precisamente, o «Rei Lear».
Álvaro Barreirinhas Cunhal (1913-2005) traduziu efectivamente The King Lear. Mas não foi aos 80 anos, quando estava quase cego. A tradução de William Shakespeare realizada por Álvaro Cunhal foi feita entre 1953 e 1955. Tinha o dirigente comunista 40 anos, portanto. Acompanhada de notas (notas eruditas), a tradução foi publicada nas Obras de Shakespeare, começadas a editar em 1962 pela Tipografia Scarpa (de José Scarpa), com direcção literária de Luís de Sousa Rebelo, direcção artística de Manuel Lapa e coordenação de Manuel do Nascimento. Nesta edição das obras de William Shakespeare, originalmente saída em fascículos, a tradução da autoria de Álvaro Cunhal surge assinada por «Maria Manuela Serpa», um pseudónimo ou nome emprestado, e foi publicada no Volume I, a páginas 229 e seguintes.
Álvaro Cunhal traduziu e anotou The King Lear entre 1953 e 1955, quando se encontrava preso na Penitenciária de Lisboa (e não em Peniche, como por vezes se diz, por exemplo aqui). A história dessa tradução é bem conhecida – pelo menos, das pessoas cultas – e foi já narrada em diversos lugares. Na sua biografia de Cunhal, José Pacheco Pereira descreve-a ao pormenor [cf. Álvaro Cunhal. Uma Biografia Política. Vol. 3 – O Prisioneiro (1949-1960), Lisboa, Temas e Debates, 2005, pp. 205-208].  
Na sua crónica, Clara Ferreira Alves critica «o jornalismo, aterrorizado com a ideia de que a cultura é pesada».  A história da tradução de Cunhal foi contada em inúmeros jornais: no Público, de 31/08/2002, por Manuel Gomes da Torre, num texto intitulado «Uma Tradução com História e para a História». Na mesma edição do jornal Público, Vasco Graça Moura publicou o texto «Álvaro Cunhal e O Rei Lear», em que analisa a qualidade da tradução feita pelo dirigente comunista na década de cinquenta.   
Em 2002, a Editorial Caminho publicou O Rei Lear, com a tradução e as notas que Álvaro Cunhal fizera quarenta anos atrás. O livro tem, aliás, um prefácio de  Cunhal, em que, nalguns passos, este segue de perto o que escreveu sobre a obra de Shakespeare no seu ensaio A Arte, o Artista e a Sociedade (Lisboa, Editorial Caminho, 1996). Por sua vez, numa nota introdutória, parcialmente transcrita aqui, Luís de Sousa Rebelo explica como tudo se passara décadas atrás. A obra da Editorial Caminho foi lançada por ocasião da Festa do Avante!, em 7 de Setembro de 2002, sendo o facto amplamente noticiado na altura. Vários órgãos de comunicação relataram a história da tradução de Cunhal e da sua republicação. Assim aconteceu com o jornal onde Clara Ferreira Alves publica as suas crónicas, o  Expresso, na sua edição nº 1554, mas também com o popular Correio da Manhã, de 23/8/2002, no seu suplemento dominical, um exemplo típico da cultura low. O facto foi noticiado até na imprensa regional açoriana, pelo Diário Insular, em 18/8/2002.   
Também a Internet, veículo por excelência da light culture, contém numerosas referências à tradução de Cunhal. Até aqui, na Wikipedia, paradigma da cultura de massas, vem tudo explicado.  
A autora de Pluma Caprichosa afirma textualmente que Cunhal, «aos 80 anos, quase cego,  resolveu traduzir Shakespeare». Como é que  Clara Ferreira Alves cometeu este erro de palmatória, uma calinada de dimensões tão monumentais? É, de facto, um lapso tremendo e lamentável. Mas erros, mesmo erros grosseiros como este, acontecem aos melhores. E Clara Ferreira Alves integra indiscutivelmente o grupo dos nossos melhores.  Pertence, por mérito próprio, à escassa high culture portuguesa. Sendo brutal e colossal, o seu inacreditável equívoco em nada afecta a admiração que esta jornalista  nos deve merecer. Em todo o caso, nós, os que a admiramos com sinceridade e até carinho, ficámos um pouco tristes com uma mancha cultural desta gravidade. Para mais, numa crónica que tem por título «É a falta de cultura, estúpido».





António Araújo  


40 comentários:

  1. Este erro decorre certamente da total falta de cultura numérica da autora: subtrair à data da tradução a data de nascimento do tradutor deve ser missão impossível para a letrada senhora. Quando é que em Portugal esta dicotomia entre as letras e os números terá fim? Quando é que as duas culturas se harmonizarão?

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  2. Com efeito, quando passava os olhos pela "Revista" que deixou de ser "'Unica", dei por mim com sérias dúvidas sobre a estabilidade da minha memória. Como se, sem dar por tal, ela estivesse já fortemente condicionada por um inevitável processo de oxidação.

    Em todo o caso, porque o texto representa, afinal, uma espécie de "elogio da cultura" - eu escrevi "cultura"!... - tem dias em que, à força de ser agredido pela dita comunicação social que, bem ou mal, acaba por ser um translúcido reflexo da nossa realidade, já não sei muito bem onde termina o oásis e principia o deserto.

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  3. Mais depressa se apanha um inculto que um coxo...

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    1. Boa. Amarante.E quando o inculto (neste caso inculta) é arrogante... ainda mais fácil.

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  4. Clara Ferreira Alves, reflexões e estatura intelectual!!?? Mas o que é isto!!??
    Não me fodam...estão a brincar, não!!??

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    1. Porquê? É isso que queres? Que te fodam? Please, quem te dera chegares aos calcanhares ca Clara Ferreira Alves. Quando as pessoas confundem ser direita com ser estúpido, não há nada a fazer.

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  5. Quem a topa é o Vasco Pulido Valente...

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    1. Tirou-me o comentário da boca.

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    2. Lollloll,ele topa-a? Ou é ao contrário? Esta gentalha não cai na real.

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  6. vasco polido valente, outra cheio e reflexões intelectuais de grande estatura

    quando for grande quero ser intelectual.

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  7. Algumas figuras intelectuais resultam de pedestais erigidos pelo regime. A seu tempo Clara Ferreira Alves teve o seu. E por mim quem quiser que a pague. E, garanto que não é por este "pequeno" erro.

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  8. "(...)Teria mais hipóteses de ter uma conversa decente com uma laringe costurada na ponta do rabo dum porco e lhe perguntasse se tem ido ao cinema ultimamente."
    http://txticulos.wordpress.com/2012/07/02/simplesmente-nao-aspiram-reconhecimento-aspiram-a-ser-odiados/

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  9. Tomei a liberdade de fazer um link para o meu blog.

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  10. Este deve andar a tentar comer a CFA.

    Só pode!

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    1. Nada tenho com a vida sexual do A. do post., mas não lhe ocorreu, Anónimo das 19:14, que haverá um pouco de ironia neste post?

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  11. Desculpem lá, mas qual é o ponto de toda esta discussão?

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  12. Alguém me explica o que ê um intelectual , no séc. XXI? Obrigado!

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  13. Belíssimo texto, António Araújo! O texto de Clara Ferreira Alves (CFA) a que se refere é, sem dúvida, um chorrilho de banalidades... Não é uma reflexão de fôlego, não é uma análise profunda, não é brilhante, ao contrário do que alguns querem fazer parecer. Ou brilha, quando muito, como uma lanterna de bolso cujas pilhas estão em fim de vida útil. É um «pastiche» de frases pré-feitas que poderia ser composto por qualquer pessoa que, como CFA, julgasse, erradamente, ser dotado de uma cultura superior. O tremendo erro que António Araújo disseca no seu texto é uma prova da frivolidade e da superficialidade de CFA e da sua «cultura superior». Provou assim António Araújo -- se prova adicional fosse ainda necessária -- que CFA é, suprema ironia, uma parte integrante do problema que pretendeu denunciar. Uma diletante e uma «poseuse»... nada mais!

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  14. gostei da pergunta levantada por um anónimo qualquer (os anónimos são todos uns quaisquer...): Alguém me explica o que é um intelectual , no séc. XXI?

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    1. Pergunte no facebook....

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    2. Não pergunte, só os pseudos é que se descosem.

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  15. Compreende-se porque CFA zurze os metecos pela sua ignorancia :
    Como representante máxima nacional da chick-lit ela acha-se com direito a um lugar no Panteão de S. Engrácia e à veneração pátria.Mesmo AA , que tem outrs responsabilidades ,não atinge o verdadeiro tour-de-force intelectual que "Pluma Caprichosa" representa . Diz a distinta Autora que Cunhal traduziu o King Lear aos 80 e quase cego ,tal como se fosse um simples monge no seu Scriptorium ? Deviamos ficar mudos de espanto com a beleza da imagem e como ela foi capaz de elevar a criatividade a alturas nunca dantes sonhadas .
    manuel.m

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  16. A Clara Ferreira Alves cansa-me...há anos e anos que escreve sempre o mesmo... Totalmente indiferente aos "altos" e "baixos" da nossa vida em sociedade, para ela Portugal e os Portugueses estão sempre no mesmo sítio, em baixo. Faz a sua vida neste registo e entre crónicas usadas e reusadas e programas de maldicência baratuxa, dele faz sua vida, se é que me faço entender.

    O que seria de Clara Ferreira Alves se Portugal afinal não fosse Portugal, mas fosse um país civilizado, culto e sem crises finaceiras de valores ou de outras que tais ? Infelizmente Clara Ferreira Alves só é Clara Ferreira Alves em resultado do País que temos.. é mais um produto da crises e que depende da crises para se aguentar por aí..

    Em tempos cheguei a escrever-lhe uma missiva, prentendo ajudá-la a encontrar felicidade na sua vida, o que, de acordo com a sua própria visão só poderia, em termos práticos, acontecer se emigrasse para algum paraíso antitese deste Portugal e da forma de ser dos Portugueses. Parece não ter colhido efeito o meu conselho...

    Clara Ferreira Alves é um paradoxo em si mesmo pois ao mesmo tempo que para ela Portugal só estaria bem se não fosse Portugal também é verdade que o que justifica a sua existência (sobrevivência ?) na cena pública é, precisamente, Portugal ser como é... dilemas da vida.

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  17. O quemais me preocupa em tudo isto é o facto de cfa ter assumido um nível de exposição que nos leva a falar sobre ela. Para além da ironia, que fique também registado que faz opinião com factos falsos e que manipula a informação de forma atroz.

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  18. Ser "Jornalista" e ser "culto" é incompatível. Não se pode ser uma coisa e outra simultaneamente.

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  19. É realmente verdade: o conceito vigente de «cultura» em Portugal anda de braço dado com a ignorância científica e muito particularmente com a ignorância - ou mesmo total imbecilidade - matemática. O que até nem é de estranhar neste caso, se relacionarmos a CFA com um certo ex-primeiro ministro que não percebia nada de economia (entenda-se: contas...).

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  20. Meu caro António Araújo, está brilhantemente esgalhado! Sim Senhor!! Expressivo e ilustrado!! Ali acima, não me contive. Incrédulo! É que há coisas que nem a brincar lembram ao diabo! As minhas desculpas pela linguagem imprópria, mas...não me contive!! É que a mulher é, verdadeiramente, incrível!! Não me fodam, aquilo não existe, não pode existir! Tudo na criatura é atrevimento!! A ignorancia, a soberba, o deslumbramento...tudo, inqualificável atrevimento!!
    Um bem haja para si,

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  21. Esta cena da tradução é tão coiso e malta é tão sei lá... Prefiro a cena da tradução na prisão. Esta versão do velhinho de 80 anos a traduzir o Rei Lear ceguinho é muito decadente. Pronto, temos um novo mito urbano!

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  22. Elea confundiu o Rei Lear com o próprio Cunhal. O Lear é qu e fica cego...

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  23. Eu discordo do Anónimo das 11.38 só num aspecto da cena cénica- é muito mais upper class, mais high above the sky which is not the limit, imaginar um velhinho de 80 anos, quase cego, a traduzir o King Lear do Batido de Pêra (talvez pelas sobrancelhas cerradas transformadas em palas (o velhinho, não o batido!:), talvez pelas quantidades industriais de vezes que leu o Ensaio da Cegueira de Saramago, perto da Casa dos Bicos, ou mesmo pelo vírus comunista que, fatalmente, o cegou no final (???:) da vida...:)...e assim se faz História em Portugal e tem esta malta a lata de dizer mal do Professor José Hermano Saraiva e de Eduardo Cintra Torres que a metem a um cantito em termos de objectividade, isenção analítica e distanciamento narrativo! E a senhora não se calava com a baixaria das parabólicas, quando não percebe que a qualquer real investigador a parabólica bem ligada é crucial! Talvez daí a tenha desligada quando torna a sua idolatria por Mário Soares numa cegueira dogmática invisual similar às atrás referidas! Madre de Diós!

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  24. Objectividade?Isenção analitica?Distanciamento narrativo?Sim? Em que país estudou História?Vá ler Camões de J.H. Saraiva, está bem?
    Calinadas, e muitas, cara Sra...
    Isenção analitaca, da parte de Cintra Torres?Não me faça rir...

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    1. Meu caro, o tema é a sua querida CFA. Não calunie personalidades ausentes do debate. Mas percebe-se: afinal, na falta de qualidades para destacar da CFA, sempre se pode tentar criticar outros. Se for esse o caso, pode começar por si. Sempre dá o exemplo.

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  25. .. vaidosa, histriónica* e deslumbrada, gere a sua carreira publica mt bem (quase ao nivel de um Mexia), pois se não aparecer não existe - seca. a idolatria por soares - a idolatria em geral - é tão só um tique esquerdista - uma orfandade de Deus q se materializa em personagens de carne e osso. ignorante descarada cometeu um deslize fatal ao trocar a data de inicio da cegueira de Cunhal e surpreendeu (apenas) os mais distraídos, porque fatalmente cunhal estava cego havia muito tempo e não ao completar 80 primaveras. será que confundiu a cegueira de Cunhal com a do conde Glócester? enfim o certo é que, cheia de plumas e trejeitos se estatelou ao comprido, assim mais parecido tem qualquer coisa de http://nataliadeandrade.com.sapo.pt/

    *'transtorno de personalidade caracterizado por um padrão de emocionalidade excessiva e necessidade de chamar atenção para si mesmo, incluindo a procura de aprovação e comportamento inapropriadamente sedutor, normalmente a partir do início da idade adulta. Tais indivíduos são vívidos, dramáticos, animados, entusiásticos e paqueradores'

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  26. Quem? A Clara que vai a reuniões do Grupo Bilderberg? A Clara (Jornalista) que se recusa a comentar quando lhe perguntam o que se passa ali dentro? LOL...

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