domingo, 4 de maio de 2014

Museu do Comunismo, Praga.

 
 
 
 
 

 
O Museu do Comunismo, em Praga, é assim a modos como que um amontoado comercialão de memorabilia dos tempos colectivistas. No Leste, a memória virou indústria. Os turistas apreciam contemplar os objectos kitsch do pretérito soviético, na convicção – talvez apressada – de que tudo quanto ali vêem pertence a um passado que já passou. O Museu de Praga, sintomaticamente, fica situado ao lado, ou por cima, de um casino. Poeirento e sem sequer um catálogo digno, já conheceu melhores dias, como aquilo que expõe e musealiza. Lá estão os habituais bustos de Lenine e de Marx, animando um aglomerado vertiginoso de objectos que retratam a opressão política e policial, a devoção por Estaline, a vida nas fábricas e nas escolas, o quotidiano dos supermercados de prateleiras vazias. Pouco de novo, mas ainda assim merecedor da visita. Insiste-se, no entanto, que o Museu pouco mais é do que um repositório de objectos, reunidos como as imagens mostram, ou seja, com pouco critério e escassa informação de apoio. E aqui fica a nota (em todos os sentidos).  








 
































 
 

















Fotografias de António Araújo
 
 
 
 

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