Putin, o tigre.

 

 

 

 

 

Há vários livros sobre o uso de animais como arma diplomática. Um deles, The Way of the Panda, sobre pandas, é fabuloso. Outro, mais magnífico ainda, dos melhores livros que li na vida, chama-se The Pope’s Elephant, de Silvio Bedini, e até mostra a pintura a fresco de um elefante numa capelinha alentejana. Tradução em português? Niet. Este ano comemoram-se 500 anos da embaixada portuguesa de Manuel ao Papa, com elefante e tudo. Alguém notou, alguém morou? Niet. Entretanto, tigres da Rússia. Já aqui havíamos falado do tigre alvejado por Vladimir Putin, numa demonstração cobarde de valentia. Há pouco, para degelar as relações com a China, o tigre Kuya foi libertado pelo presidente russo, que agora se converteu à causa da defesa dos animais. Como as serpentes, sempre a mudar de pele.