sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Vidas singulares: Khaled Al-Assad (1934-2015).

 



Perdoem-nos a brutalidade da imagem abaixo, mas é a vida. Ou melhor, a morte. Decapitado. Khaled al-Assad nasceu em Palmira em 1934. Arqueólogo, foi chefe de antiguidades da cidade durante mais de quarenta anos até se reformar em 2003. Trabalhou em vários projectos de salvaguarda do património, ora com a Unesco, ora com a União Europeia. Escreveu mais de vinte livros sobre Palmira e a Rota da Seda. Era fluente em aramaico, especialista em história antiga galardoado pela França, pela Polónia, pela Tunísia. Em 2015, foi preso pelo Estado Islâmico, mantido em cativeiro durante mais de um mês. Exigiram-lhe que revelasse onde se encontravam os tesouros de Palmira. Recusou-se a falar. Já antes, preferira ficar na sua cidade, defendendo a sua memória, mesmo quando ela estava prestes a sucumbir à barbárie do ISIS. Exibiram a sua cabeça cortada, de óculos postos. Foi decapitado na sua terra natal; aos 81 anos.  
 
 
 
 
 

2 comentários:

  1. Que barbárie. De repente parece que voltamos aos tempos da Segunda Guerra Mundial em que a elite europeia era conduzida para campos de extermínio.

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  2. Obviamente uma pessoa muito integra que preferiu morrer duma maneira tao cruel!

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