terça-feira, 25 de setembro de 2018

Vidas singulares: Louise de Vilmorin (1902-1969).

 
 

 
 
 
Esta super-tia francesa chama-se Louise Lévêque de Vilmorin, que nasceu e morreu num belo castelo nos arredores de Paris. Não foi certamente pela sua dentição que Louise ficou conhecida para a História. Repare-se, porém, no vibrar dos seus olhos quando fala. E na afectação parisiense da voz, uma modulação perfeita. Há ali, sem dúvida alguma, uma certa idée de la France. Louise chegou a estar noive de Antoine de Saint-Exupéry, mas a família da noiva opôs-se ao enlace com um homem que, apesar de pai de um principezito, não tinha os pergaminhos dos Vilmorin. Vai dá, a rapariga casa-se-me com um americano, e vai viver para Dallas, onde tem três filhos, desse americano. Antes disso, tivera uma ligação amorosa com André Malraux, entre outros – mas manda a discrição e o bom gosto que não lhe revelemos os nomes, até porque está todos na Wikipedia. Além disto, que não é pouco, Louise foi poetisa,  escritora de contos mordazes passados em meios aristocráticos. Quando a conheceu pela primeira vez, Malraux disse-lhe, profeticamente: «Nous finirons nos viés ensemble». Voltaram a relacionar-se em 1967. Depois de se demitir com a queda do gaullismo, Malraux instala-se no castelo de Louise. Ela morre lá, em 1969. Ele passará aí os seus últimos dias, ocorridos em Novembro do ano de 1976.  



 

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