segunda-feira, 11 de maio de 2020

Três noturnos para muitas noites.





As muitas noites são as de profissionais de saúde, de cuidadores e cuidadoras nos hospitais ou em casa, invisíveis, a fazer o que podem e o que não podem. A fadiga e a desolação podem ser imensas e poderão sê-lo ainda, não sabemos quanto, nem por quanto tempo.

Não é de gestos assim o que mais precisam, isso já sabemos. Mas há pérolas frívolas que sempre souberam trazer algum conforto à alma de outrem.

Os três noturnos somados rebentam hoje com o limite autocontratado de 5 minutos. O contrato, porém, foi à peça/dia – e dia, vamos dizer, é diurno. Já as noites em questão são longas, e muitas.

A primeira pérola é o Noturno nº 4, de Gabriel Fauré, por um dos irmãos Jussen ao piano.

A segunda veio de Alexandre Borodine, ele próprio médico e investigador, além de compositor: o Noturno do Quarteto de Cordas nº 2, pelo Dover Quartet.

Por fim, o Noturno nº 1, de Frédéric Chopin, por Maria João Pires.





Manuela Ivone Cunha






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