segunda-feira, 16 de julho de 2012

Nu Rossio.

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No dia 1 de Maio de 1974 – conhecido ainda hoje como “o primeiro 1º de Maio” – uma mulher decide festejar a liberdade em pleno Rossio. O fotógrafo Carlos Gil captou esta sequência extraordinária: a mulher despindo-se de roupa e preconceitos, proclamando que o fazia porque se sentia livre da opressão. Em redor, alguns “mirones” algo embasbacados. Um repórter estrangeiro, vindo de fora para cobrir a Revolução, falou com ela, enquanto o cinzento agente da Polícia de Segurança Pudica a mandava compor-se na praça pública. Diz-se que o agente da PSP consultou o povo presente sobre se a deveria deter para ulteriores averiguações. Foi positiva a resposta a este referendo improvisado, com escrutínio feito ali mesmo, em plena Praça de Dom Pedro IV. E assim a levaram para a esquadra, enquanto o repórter estrangeiro ensaiava uma derradeira tentativa de diálogo com a autoridade democrática.

4 comentários:

  1. ....nada prova o progressismo do PSP relativamente ao povo. o povo bruto e atrasado a precisar ainda de um processo de educação revolucionária reagiu tão só pavlionicamente em resultado da longa noite fas -cista . o PSP reagiu num impulso libidiano ao pressentir disposição nesse sentido por parte da mulher. esperto e conhecedor como ninguém do comportamento tuga requisitou a sua aprovação, (pensando)-'vamos prá esquadra q eu já te dou o tratamento'. lembrem-se q o massajador facial só apareceria uns anos depois, assim a mulher farta de corins tellados e levar com ele murcho requisitou mt bem os serviços do homem fardado de sarja

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  2. Não foi a primeira vez que esta mulher se despiu. Não tinha um discurso lógico. A nudez não a libertava de nada já que era prisioneira de uma profunda perturbação. Tantos anos depois, continua desprotegida. É pena!

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    1. Será que esta mulher é a mesma que se despiu nas avenidas novas em 1975 de seu nome Teresa Torga?

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  3. Desconhecia, tanto isso como o que disse Teresa Muge, obrigada pela partilha.

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