Porque é que continuam a matar Lisboa?
No Saldanha, a Torre de Picoas, 17
andares, o passeio estreitíssimo.
Na Rovisco Pais, junto ao Técnico, um
passeio imenso, em nome da pedonalidade e da mobilidade.
Dois critérios?
Como se autorizou que a Torre de
Lisboa, um monstro de 17 pisos, chegasse até ao passeio, com um enorme impacto
na mobilidade?
O promotor ocupou indevidamente
terrenos municipais, houve queixa, o Ministério Público arquivou.
Mas e agora um monstro na Almirante
Reis?
Não basta já ter-se destruído, com
prédios sem nenhum valor arquitectónico, a Fontes Pereira de Melo, a Avenida da
República, muitas ruas das Avenidas Novas, que mais parecem Bogotá ou pior?
Do pouco património arquitectónico que
temos, continua a destruição. O que se constrói para substituir o antigo não
tem qualquer valor artístico, nem característico.
Lisboa é cada vez mais confinada a um
«núcleo histórico», a abarrotar de gente e a vomitar turistas. E o resto da
cidade?
Com isso perde-se para sempre – para sempre
– a identidade da cidade, e até o seu valor patrimonial, económico, turístico.
A Câmara não vê isto, na ânsia de
construir e ganhar efémeras taxas?
A vereação não percebe que está a matar
a cidade?
não está nada!
ResponderEliminartemos trotinetas e ciclovias, tudo moderninho.
é o bonito pá!