Onde pára a polícia?
Como é que, por um lado, se diz que há
falta de pessoal e, por outro, se mantém o sistema de «gratificados», em que quem
pode pagar aluga um polícia e o põe ao seu serviço?
Diz-se, segundo dados de 2017, que o efectivo policial na PSP é o mais baixo de sempre. E que as esquadras estão sem carros nem polícias, notícias de 2018.
Não parece.
É que, além das suas funções públicas,
os polícias prestam serviços remunerados e privados,
mas como polícias, como força pública,
a quem os puder e quiser pagar. São os famosos «gratificados».
Não parece estranho?
Se faltam polícias nas ruas, a vigiar o
trânsito e a caçar ladrões, porque é que podem estar ao serviço de quem os
paga, para fins particulares, em festivais de rock, obras, supermercados, na
segurança de empresas e edifícios de escritórios?
Não se chama Polícia de Segurança Pública?
Admite-se, como é óbvio, o serviço a
particulares, mas desde que houvesse efectivos em número suficiente, que pelos
vistos não há.
Desde
que isso não prejudicasse o exercício das tarefas públicas cometidas à polícia,
para as quais não há efectivos.
É
para isso que pagamos a PSP, com os nossos impostos?
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