domingo, 9 de novembro de 2014

A sede da Stasi: um ensaio visual.

 
 
 








Walter Ulbricht e Erich Honecker, os dois líderes históricos da RDA

Erich Honecker com Erich Mielke, o último director da Stasi






Cadeira de interrogatórios



O «arquivo dos cheiros»

Jogo infantil sobre a investigação criminal, com cartas evocativas de Marx e Lenine.




Um bordado feito nos tempos da RDA.
O quotidiano de uma família exemplar, em que o pai era polícia de investigação criminal.







Retratos da dissidência







O gabinete de Erich Mielke








Fotografias de António Araújo




Nos 25 anos da queda do Muro de Berlim, um ensaio visual na sede da Stasi, a polícia política da RDA. De todos os métodos que utilizava, um dos mais impressionantes era o «arquivo dos cheiros». Sempre que procedia a buscas na casa de suspeitos, a Stasi tentava apreender roupa suja, por lavar, impregnada do odor dos dissidentes, daqueles que ousavam pensar ou agir de forma diferente. Nos interrogatórios, as cadeiras estavam adaptadas para do seu interior se extrair um pano de algodão, embebido com o suor do interrogado, a quem obrigavam a estar sentado com as mãos debaixo das pernas, em contacto directo com o assento. Terminado o interrogatório, o pano de algodão dissimulado na cadeira era meticulosamente guardado num frasco, etiquetado e arquivado. O «arquivo dos cheiros» tem centenas ou milhares de frascos que conservam o suor das vítimas da Stasi. O odor do medo, arquivado em frascos de vidro. Memória de um pretérito imperfeito.   
 
 
 


3 comentários:

  1. A imagem e a manipulação podem ser uma forma desonesta de contar a história.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sem dúvida, é uma forma desonesta. A verdade está aqui:

      http://www.avante.pt/pt/2136/internacional/132905/

      Eliminar