quarta-feira, 19 de novembro de 2014

De profundis.

 
 
Colagem de Eugenia Loli


 
«Se vou a um restaurante as pessoas reconhecem-me, algumas começam com o telemóvel a tirar fotografias e a pôr no facebook. Eu não sei, não tenho computador nem telemóvel, mas acontece. Ontem fui ao dentista e estava a comer numa tasquinha ali na Avenida de Roma e umas pessoas vieram falar-me: “Não ganhámos este ano.”
− Referiam-se ao Nobel?
− Sim. Não percebo porquê, mas as pessoas vêm até mim. Parece que as pessoas lêem.»
 (António Lobo Antunes, entrevista ao Público/Ípsilon, 7/11/2014).
 
«− Ainda ontem, a minha editora esteve a mostrar-me os tops. Não há lá um único livro de literatura. (…) Os livros bons não se vendem, porque será isto?»
(António Lobo Antunes, entrevista à Visão, Outubro de 2014).
 

 

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