Socorro,
tenho uma filha adolescente. Mas, desta vez, a teen tem razão nos queixumes. O livro da
disciplina de Ciências Naturais do 9º ano, Bioterra
– Viver Melhor na Terra, de Lucinda Motta e Maria dos Anjos Viana (Porto
Editora, 2012, 17,82 €), revisto por oito doutorados, professores nas universidades do Porto e
Trás-os-Montes, dedica várias páginas à explicação da sexualidade – e muito
bem.
No
entanto, na página 33, a propósito das «dimensões da sexualidade», um cartoon inclusivo e politicamente
correcto. Na intenção, o melhor. O resultado, desastrado, é que não corresponde. Num
autocarro, um homossexual aparece vestido de colarinhos rosa, desejando o
muçulmano. Este, sedento de um harém de concubinas, sonha em simultâneo com
quatro das passageiras. A lésbica, que deseja a negra, surge trajada à
sapatona, mulher-homem. Julgando ser «avançado», o cartoon reproduz os piores estereótipos e preconceitos em matéria
de homofobia e xenofobia: o escurinho islâmico que fantasia com tudo quanto é
mulher, o larilas de franjinha e rosa e, enfim, a fufa máscula que veste à
homem e gosta é de mulheres.
Desde que não espantem os cavalos...
ResponderEliminarE o pior é que naquela carruagem não se faz um único par. Ninguém se gosta mutuamente. Faz lembrar Drumond de Andrade:
ResponderEliminarJoão amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o
convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto
Fernandes
que não tinha entrado na história.
Falta um idoso, com o balãozinho em branco,zerosexual devido à idade. Descriminação imperdoavel.
ResponderEliminar