Coordenado por Béata Cieszyńska e José Eduardo
Franco, saiu há pouco entre nós o livro Holodomor
– A Desconhecida Tragédia Ucraniana (1932-1933). A obra reúne vários textos
sobre uma palavra que a nós pouco dirá. Desde os anos vinte do século passado,
vários países da antiga União Soviética foram atingidos por grandes fomes: a
Bielorrússia, o Cazaquistão, a Moldávia, a Rússia e a Ucrânia. A escassez de
cereais atingiu o seu auge em 1932-1933, vitimando milhões de seres humanos. A
Ucrânia foi, muito provavelmente, o país que mais sofreu com a grande fome. Holodomor significa, à letra, «fome
politicamente orientada». Seja qual for a sua orientação, a fome é sempre fome.
E, neste caso, atingiu uma dimensão colossal, provocando uma das maiores
tragédias do século XX. Em Portugal, poucos terão ouvido falar de Holodomor.
A partir de agora, não há desculpas para continuarmos a desconhecer a Grande Fome.
A biografia do Estaline de autoria de Simon Montefiore contém páginas impressionantes sobre a grande fome na Rússia, foi aí que li pela primeira vez sobre essa tragédia. Já lá vão uns anos e do rol de horrores que é todo o livro, posso dizer que foi o que ficou mais presente na minha memória. Verdadeiro murro no estômago!
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