On bullshit.
A natureza do processo criativo de Joana Vasconcelos assenta na apropriação, descontextualização e subversão de objetos pré-existentes e realidades do quotidiano. Esculturas e instalações, reveladoras de um agudo sentido de escala e domínio da cor, assim como o recurso à performance e aos registos vídeo ou fotográfico, colaboram na materialização de conceitos desafiadores das rotinas programadas do quotidiano. Partindo de engenhosas operações de deslocação, reminiscência do ready-made e das gramáticas nouveau réaliste e pop, a artista oferece-nos uma visão cúmplice, mas simultaneamente crítica, da sociedade contemporânea e dos vários aspetos que servem os enunciados de identidade coletiva, em especial aqueles que dizem respeito ao estatuto da mulher, diferenciação classista, ou identidade nacional. Resulta desta estratégia um discurso atento às idiossincrasias contemporâneas, onde as dicotomias artesanal/industrial, privado/público, tradição/modernidade e cultura popular/cultura erudita surgem investidas de afinidades aptas a renovar os habituais fluxos de significação característicos da contemporaneidade.
" Da Vigarice como uma das Belas Artes"...
ResponderEliminarAté que alguém sussurra que o Rei vai nu...
Sagaz o comentário: e a artista merece-o porque "vestiu a pele".
EliminarAcredito que na sua inocência primeira não fosse pedante como o é agora e, aí, podia achar-se-lhe graça.
Curioso que a maioria dos adjectivos do texto acima transcrito, aplica-se mais ao texto que, esse sim, é duma "riqueza criativa" opulenta, que propriamente à obra em apreço.
Mas a critica UNÂNIME mostrar-nos-a que somos, afinal, uns insensíveis.
Fausto