Um programa de 1971 com Salvador Dalí e
Lillian Gish, considerada a «primeira dama» do cinema mudo americano, uma das
pioneiras das pioneiras da 7ª Arte. O seu nome foi agora retirado de uma sala de cinema da
Bowling Green State University, no Ohio. Considerou a douta universidade que Lillian não
merecia ser homenageada por ter participado como actriz em O Nascimento de Uma Nação, longa-metragem de Griffith, um dos
maiores filmes da história do cinema. A decisão já mereceu o protesto de nomes
como Martin Scorsese, Joe Dante, Helen Mirren, James Earl Jones, Lauren Hutton,
etc., mas nem isso parece demover as autoridades académicas. Note-se, no
entanto, e como informa uma extensa reportagem do PÚBLICO, que a universidade que
agora retira o nome de Gish de uma sala de cinema recebeu em 1975 uma doação da
actriz para a criação de bolsas de estudos, e recebeu também os seus arquivos,
que ainda conserva. Agora mostrar-lhe o nome numa sala de cinema é que não, é
incorrecto. Simplesmente inacreditável. No mínimo, restituíssem o valor das
bolsas que Lilian Gish instituiu e devolvessem os seus arquivos pessoais. Ou
será que a memória, afinal, é selectiva e oportunista? Inacreditável, simplesmente
inacreditável.
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