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Amílcar Cabral (1924-1973)
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I – Monografias (teses e ensaios)
II – Artigos em obras colectivas
IV – Guias bibliográficos
V – Critérios e conclusões: Amílcar Cabral e os livros.
I- MONOGRAFIAS (TESES E ENSAIOS)
1. Andrade, Mário Pinto de (angolano, integrante da «geração de Cabral», como a denominou, 1928-1990, estudos superiores de filologia clássica na Faculdade de Letras de Lisboa e de sociologia em Paris; Ministro da Cultura da República da Guiné-Bissau, até 1980):
- Amilcar Cabral - Essai de biographie politique, Paris, Maspero, 1980 (texto que, segundo o Autor, visaria apenas «reconstituir o itinerário político e intelectual do líder do PAIGC», cujo contributo para uma ideologia da libertação nacional se caracterizará pela «constante criatividade»; biografia pioneira, especulativa e encomiástica, beneficiará de muitos acréscimos pluridisciplinares);
- La pensée politique d’Amilcar Cabral: Genèse et Développement (“Mémoire” do “Diplôme de l’École des Hautes Études en Sciences Sociales”, de Paris, tendo como director de estudos o Prof. Jean Copans, e comissários-relatores os Profs. Balandier e M’Bokolo, aprovada em Novembro de 1982, não publicada – cfr. documentação apud Fundação Mário Soares – Arquivo Mário Pinto de Andrade);
- Libération nationale et idéologie: continuité et rupture dans les mouvements unitaires émergeant de la lutte contre la domination coloniale portugaise (1911-1961) (Tese de preparação do “Doctorat de 3ème Cycle”, sob direcção do Prof. Jean Copans, registada em Outubro de 1983, não concluída - cfr. “rascunhos” apud Fundação Mário Soares – Arquivo Mário Pinto de Andrade. O “anexo 1.” desta tese é o «compte-rendu analytique» do livro de Jean Ziegler, Contre l’ordre du monde, les rebelles, Seuil, 1983, adiante referenciado no n.º 15).
2. Borges, Sónia Vaz (tese de mestrado sob orientação da Prof. Isabel Castro Henriques; em suma, entende que o «percurso único» de Amílcar Cabral e o seu pensamento e projectos têm que ser «estudados e analisados no tempo em que foram realizados»; bibliografia excessiva para a profundidade do texto, embora sistematizada):
- Amílcar Cabral: Estratégias políticas e culturais para a independência da Guiné e Cabo Verde, Mestrado em História de África, Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa, 2008.
3. Chabal, Patrick (francês, Ph. D. Thesis: Amílcar Cabral as Revolutionary Leader, Trinity College, Cambridge University, 1980, depois publicada com alterações; investigação marcante, primeira grande recolha de fontes primárias, discutida em variadas recensões; avaliação “polivalente” de Amílcar Cabral como dirigente revolucionário; para Chabal, ele foi «essencialmente um homem de acção» e não «um teórico político, embora os seus textos tenham obviamente relevância teórica»):
- Amílcar Cabral, Revolutionary leadership and people’s war, Cambridge University Press, 1983 (há 2.ª edição, de 2004, com novo prefácio, justificando a republicação sem alterações).
4. Chaliand, Gérard (francês, professor convidado, visitante ou conferencista em variadas instituições universitárias; doutorado na Sorbonne, em 1975, com a tese: Mythes révolutionnaires du tiers monde, guérrilas et socialismes; o seu júri dividiu-se entre «as reticências de Georges Balandier e os encorajamentos de Maxime Robinson e Pierre Vidal-Naquet»; contém uma dedicatória a Amílcar Cabral, de quem Chaliand se confessa amigo e cuja “herança” estuda neste tese e em outros textos; livro traduzido em várias línguas, entre elas no Brasil, reeditado, com alterações, em 1979 e em 1985):
- Lutte armée en Afrique, Paris, Maspero, 1967 (livro, de grande difusão, baseado na visita ao território da Guiné em Maio-Junho de 1966, acompanhando Amílcar Cabral; visava «esboçar a sociologia de uma guerrilha africana», interpretando a técnica da sua implantação; segundo Beja Santos, «é um livro encomiástico e de exaltação da guerrilha», em que Chaliand «se rende à natureza da luta e à personalidade e aos dons oratórios de Cabral»; o livro mantém-se, porém, como «fonte de referência válida», traçando «com frescura e acuidade» a evolução do PAIGC (Dhada);
- Les Bâtisseurs d’Histoire, Paris, Arléa/Seuil, 1985 (apresenta notáveis perfil e elogio fúnebre de Amílcar Cabral, que Chaliand considera, juntamente com Nelson Mandela, o mais importante revolucionário africano).
5. Chilcote, Ronald H. (norte-americano, doutorado na Universidade de Stanford, em 1965; professor de Ciência Política na Universidade da Califórnia; pioneiro no arquivo e documentação de fontes primárias e no estudo dos movimentos nacionalistas das colónias portuguesas):
- Amílcar Cabral’s – Revolutionary Theory and Practice – A Critical Guide, Rienner, Colorado, 1991 (além de cinco capítulos sobre as concepções teóricas de Amílcar Cabral, reproduz em apêndice entrevistas com vários dirigentes do PAIGC, a que se segue uma bibliografia anotada, dividida em três núcleos; houve edição indonésia em 1999).
6. Davidson, Basil (britânico, 1914-2010, jornalista e historiador, com extensa bibliografia, doutorado em Estudos Africanos por seis universidades; amigo e admirador de Amílcar Cabral e dos movimentos nacionalistas das colónias portuguesas, que acompanhou e promoveu desde o início):
- The liberation of Guinée: aspects of an African Revolution, Baltimore, Penguin Books, 1969 (traduzido em francês, alemão e português, reeditado e acrescentado em 1981, com o título No Fist is Big Enough to Hide the Sky; contém um prefácio histórico de Amílcar Cabral; descrição militante, explicada e comentada por Amílcar Cabral);
- As ilhas afortunadas: um estudo sobre a África em transformação, Lisboa, Caminho, 1988 (especialmente, Capítulos 4 a 6, por retratarem Amílcar Cabral sob a óptica da “luta” em Cabo Verde).
7. Dhada, Mustapha (de origem indiano-moçambicana, D. Phil. em história de África no St. Catherine’s College, em Oxford; a tese foi apresentada ainda com o seu nome anterior e sob o título: E. D. Valimamad, Nationalist Politics, War and Statehood: Guinea-Bissau, 1953-1973, 1984; professor no Colorado e na Universidade Estadual da Califórnia; manteve a investigação sobre a Guiné-Bissau e o PAIGC, mas não regressou a Amílcar Cabral, publicando vários artigos, até ao início da guerra civil de 1998/99, aqui não referenciados; sustenta que as qualidades de Amílcar Cabral propiciaram a ajuda e a legitimação internacionais que, elas, garantiram o sucesso do PAIGC e do Exército – o qual seria «o principal beneficiário da campanha militar do PAIGC com vista á formação do Estado»):
- Warriors At Work – How Guinea Was Really Set Free, University Press of Colorado, 1993 (a investigação, sempre crítica, original e fundamentada, centra-se na luta de libertação e na formação do novo Estado; Amílcar Cabral - «the principal character of this book» -, é visto sobretudo como um diplomata, mobilizador e coordenador do PAIGC; valiosos apêndices, contendo quadros, mapas e tabelas, além de notas desenvolvidas, compõem metade do volume).
8. Franco, Paulo Fernando Campbell (brasileiro, tese de mestrado para pós-graduação em História Social da Universidade de S. Paulo, sob orientação da Prof. Leila Hernandez; beneficiou de bolsa de pesquisa nos arquivos e centros de documentação em Portugal; aborda desenvolvidamente, em três capítulos autónomos, a história da Guiné Portuguesa e do PAIGC e, finalmente, a posição de Amílcar Cabral sobre a questão colonial; investigação atenta mas não mais que «considerações preliminares» como concluirá o Autor; a extensa bibliografia é mera miscelânea):
- Amílcar Cabral: a palavra falada e a palavra vivida, Dissertação, São Paulo, 2009.
9. Lopes, Carlos (bissau-guineense, de vasto currículo académico e quadro-dirigente da ONU; discípulo de Mário de Andrade, apresentou como “diplôme de recherche”, La transformation d’un mouvement de libération nationale en état: le cas de la Guiné-Bisssau, Institut Universitaire d’Études du Développement, Genebra, 1981, depois editado e acrescentado como se indica infra; doutorado na Sorbonne em Estudos Africanos):
- A transição histórica na Guiné-Bissau: do movimento de libertação nacional ao estado, Bissau, INEP, 1987 (Parte Segunda: “O poder mobilizador de Amílcar Cabral”, pp. 71 e segs.).
10. McCuloch, Jock (australiano, doutorado em história, especialista em história colonial e sociologia da medicina; qualifica Amílcar Cabral de marxista-leninista e este seu ensaio será, segundo Chilcote, “an essential study of Cabral and the independence movement. Critical, perceptive, and provocative”):
- In the twilight of revolution: the political theory of Amílcar Cabral, Londres, Routledge e Kegan Paul, 1983, 165 pp.
11. Rudebeck, Lars (sueco, Dr. Phil. na Universidade de Uppsala, sociólogo e professor de Ciência Política; especialista e simpatizante da «nova sociedade em construção nas áreas libertadas» e da transição do movimento de libertação em Estado Pós-colonial; aprofundou as reflexões sobre Amílcar Cabral, em artigos adiante referenciados):
- Guinea-Bissau: A Study of Political Mobilization, Uppsala, Scandinavian Institute of African Studies, 1974 (em particular, Capítulo III : “The Ideology and Concrete Goals of the PAIGC”, pp. 71-104).
12. Santos, Daniel Pedro Amadeu (docente na Universidade Lusófona, tese de mestrado no ISCSP, sob orientação do Prof. António Pedro Ribeiro dos Santos; bem desenvolvida e fundamentada, embora sem originalidade nem novidades):
- A questão colonial: o contributo de Amílcar Cabral, Dissertação, Lisboa, policopiado, 2005.
13. Sousa, Julião Soares (bissau-guineense, tese de doutoramento em História Contemporânea na Faculdade de Letras de Coimbra, intitulada Amílcar Cabral e a luta pela independência da Guiné e Cabo Verde: 1924-1973, 2007; obra incontornável, acompanhada de múltiplas bibliografia e fontes; distinguida com o Prémio Fundação Calouste Gulbenkian, História Moderna e Contemporânea da Academia Portuguesa da História):
- Amílcar Cabral (1924-1973), Vida e morte de um revolucionário africano, Lisboa, Vega, 2011.
14. Tomás, António (angolano, nascido no ano da morte de Amílcar Cabral, doutorando em sociologia; uma bolsa permitiu-lhe «viajar pela Guiné e Cabo Verde, para entrevistar pessoas que conheceram Amílcar Cabral e consultar arquivos»; linguagem escorreita, visão distanciada, releitura do princípio “Unidade e Luta”, acentuando o papel de Cabo Verde e da formação cabo-verdiana de Amílcar Cabral, em contraste com o «descalabro» da Guiné após a sua morte; bom aparelho crítico, embora nem sempre rigorosamente referido):
- O Fazedor de Utopias – Uma biografia de Amílcar Cabral, Lisboa, Tinta da China, 2007.
15. Ziegler, Jean (suíço, doutorado em direito e em sociologia; professor de sociologia nas universidades de Genebra e na Sorbonne; três doutoramentos honoris causa; aproxima Amílcar Cabral de Mao Zedong, considerando existir entre eles uma espécie de «parentesco intelectual, psicológico», falando de um «pensamento Cabral» e da sua «longa marcha»; segundo a conclusão de Mário Pinto de Andrade, Jean Ziegler, com a sua reconhecida generosidade, apresenta uma investigação «em que o aspecto fenomenológico sobreleva, muitas vezes, o rigor da análise»):
- Main basse sur l’Afrique: la récolonisation, Paris, Seuil, 1980 (Parte Terceira, II. ”Libération et culture”, pp. 195-222);
- Contre l’ordre du monde. Les rebelles. Mouvements armés de liberation nationale du tiers monde. Paris, Seuil, 1983 (Parte Segunda: “Des luttes anticoloniales à la guerre de libération nationale et à la révolution socialiste en Afrique”, pp. 171-232).
16. I Simpósio Internacional Amílcar Cabral (Continuar Cabral), Cabo Verde, 17 a 20 de Janeiro de 1983 (artigos seleccionados entre os publicados in AAVV, Continuar Cabral, Lisboa, Grafedito/Prelo-Estampa, 1984, de que também houve edição francesa publicada pela Présence Africaine):
- Benot, Yves, (França, escritor e professor universitário): “Amílcar Cabral e o movimento operário internacional” (cfr., infra, 29.);
- Chaliand, Gérard: “Amílcar Cabral e a contribuição do PAIGC aos movimentos de libertação nacional”;
- Chilcote, Ronald H.: “Cabral no contexto histórico da sua época: as implicações da sua teoria de classe e luta de classes”;
- Davidson, Basil: “Sobre o nacionalismo revolucionário: o legado de Cabral”;
- Ferreira, José Medeiros (Portugal, historiador): “Aspectos do pensamento político de Amílcar Cabral à luz de uma entrevista concedida, em Londres, em Outubro de 1971, à revista Polémica”;
- Martichyne, O. V. (URSS, historiador): “Amílcar Cabral no contexto contemporâneo”;
- Marton, Imre (Hungria, escritor e professor universitário): “A contribuição de Amílcar Cabral para uma universalização concreta do pensamento revolucionário, marxista”;
- Nzongola-Ntalaja, Georges (Zaire, professor universitário nos EUA): “Amílcar Cabral e a teoria da luta de libertação nacional”;
- Pierson-Mathy, Paulette (Bélgica, jurista e professora universitária): “O contributo de Amílcar Cabral ao direito da libertação dos povos”;
- Solodóvnikov, V. G. (URSS, membro da Academia das Ciências): “Amílcar Cabral como teórico da revolução africana”;
- Suret-Canale, Jean (França, historiador): “Amílcar Cabral e a análise social”;
- Wallerstein, Immanuel (EUA, professor universitário): “A integração do movimento de libertação nacional no quadro da libertação internacional”;
- Ziegler, Jean: “ Problemática da análise dos movimentos de libertação nacional”.
17. Amílcar Cabral e l’indipendenza dell’Africa, Milão, Franco Angeli, 1983:
Reproduz os textos das intervenções (eventualmente, supra seleccionadas, na versão original) no citado I Simpósio Internacional Amílcar Cabral (Continuar Cabral), feitas pelos seguintes participantes: Marcella Glisenti, Aristides Pereira, Nzongolo Ntalaja, Basil Davidson, Yves Benot, Paulette Pierson-Mathy, Armando Entralgo, Manuel Alegre, Lucio Luzzato, Mário de Andrade.
Acresce em “Appendice” o resumo de um estudo de Lars Rudebeck, “Guinea-Bissau: potere popolare e sviluppo”, inicialmente publicado como Research Report, n.º 63, do Scandinavian Institute of African Studies, de Uppsala.
18. Conferência Internacional sobre a Personalidade Política de Amílcar Cabral, Bissau, 3 a 7 de Dezembro de 1984, policopiado, 141 pp. (artigos seleccionados de uma publicação rara; foram, porém, em parte, publicados noutros locais):
- Cardoso, Carlos (Guiné-Bissau, sociólogo): “Os fundamentos do conteúdo e dos objectivos da libertação nacional no pensamento de Amílcar Cabral”;
- Rudebeck, Lars: “Sur la transition de mouvement de libération nationale au pouvoir d’État”.
19. A tribute to Amílcar Cabral, in Revue of African Political Economy, Vol 20, n.º 58, Londres, Merlin Press, Novembro de 1993, pp. 61/85, com a seguinte ordenação:
- “A Tribute to Amilcar Cabral: Introduction”, by Mike Powell;
- “Reading Cabral in 1993”, by Lars Rudebeck;
- “Amilcar Cabral’s Thought and Practice: Some Lessons for the 1990s”, by Shumi Ishemo;
- “Remembering Cabral”, by Basil Davidson.
20. II Simpósio Internacional Amílcar Cabral (Cabral no cruzamento de épocas), Cabo Verde, 9 a 12 de Setembro de 2004 (artigos seleccionados entre os publicados in AAVV, Cabral no cruzamento de épocas – Comunicações e discursos produzidos no II Simpósio Internacional Amílcar Cabral, Praia, Alfa-Comunicações, 2005):
- Amado, Leopoldo (Guiné-Bissau, historiador): “África ante o legado político de Amílcar Cabral”;
- Bah, Thierno (Camarões, Secretário-geral da Associação de Historiadores Africanos): “ História e consciência histórica na obra de Amílcar Cabral, Kwame N’Krumah e Frantz Fanon”;
- Cardoso, Carlos (Guiné-Bissau, sociólogo): “Revisitando a problemática da liderança política no pensamento de Amílcar Cabral”;
- Dieng, Amady Aly (Senegal, Universidade Cheick Anta Diop de Dacar): “A contribuição teórica de Amílcar Cabral”;
- Fobajong, John (EUA, Universidade de Massachusetts): “Articulando as visões regionalistas e pan-africanistas de Cabral”;
- Lopes, Carlos: “O legado de Amílcar Cabral face aos desafios da ética contemporânea”;
- Mendy, Peter Karibe (Guiné-Bissau, doutorado em Ciência Política na Universidade de Birmingham e historiador): “Cabral na Guiné-Bissau colonial: contexto, desafios e conquistas”;
- Rudebeck, Lars: “Uma interpretação das teorias de Cabral sobre a democracia”;
- Silveira, Onésimo (Cabo Verde, cientista político): “O nativismo cabo-verdiano: o caso Amílcar Cabral”;
- Sousa, Julião Soares: “Amílcar Cabral – do envolvimento na luta antifascista a manifestações de tendência autonomista no Portugal do pós-guerra (1945-1957)”;
- Taiwó, Olufémi (EUA, Universidade de Seattle): “Amílcar Cabral: um perfil filosófico”;
- Wick, Alexis (EUA, Universidade de Columbia, Nova Iorque): “A nação no pensamento de Amílcar Cabral”.
21. Africa’s Contemporary Challenges: The Legacy of Amilcar Cabral, Carlos Lopes (org.), Routledge, 2009 (também in African Identities, N.º 1, Vol. 4, 2006, Special Studies: Amilcar Cabral):
Reproduz os textos das seguintes intervenções (eventualmente, supra seleccionadas, na versão original) apresentadas no antes citado II Simpósio Internacional Amílcar Cabral (Cabral no cruzamento de épocas): Peter Karibe Mendy; Vambe, Maurice Taonezvi e Abebe Zegeye; Alexis Wick; Georges Nzongola Ntalaja; Lars Rudebeck; Ibrahim Abdullah; John Fobajong; Carlos Lopes.
A obra abre com uma apresentação de Carlos Lopes, “Amilcar Cabral: a contemporary inspiration” (pp. 1 a 5).
22. The life, thought, and legacy of Cape Verde’s freedom fighter Amilcar Cabral (1924-1973): essays on his liberation philosophy, John Fobanjong e Thomas Ranuga (org.), The Edwin Mellen Press, 2006 (indicam-se todos os artigos):
- Lopes, Amilcar S., “Amilcar Cabral and the power of Knowledge”;
- Seregueberhan, Tsenay, “Amilcar Cabral and the Practice of Theory”;
- Lobhan, Richard, “Amilcar Cabral: Uniting Theory and Practice”;
- Hill, Sylvia, “Cabral Legacies: Meeting the Challenges of the 21st Century”;
- Meintel, Deidre, “Culture and Process in the Thoughts of Amilcar Cabral”;
- Gomes, Crispina, “The Women of Guinea Bissau and Cape Verde in the Struggle for National Independence”;
- Campbell, Horace, “Revisiting the Theories and Practices of Amilcar Cabral in the Context of the Exhaustion of the Patriarchal Model of African Liberation”;
- Monteiro, João M., “Heroes, Ghosts, and Politicians: Amilcar Cabral and the Democratic Transition in Cape Verde”;
- Fobajong, John, “The Regional Context of the Liberation Struggle in Lusophone Africa”;
- Fobanjong, John, “Articulating Cabral’s Regionalist and Pan-Africanist Vision in the Age of Globalization”;
III - BIBLIOGRAFIA AVULSA (Monografias e analíticos)
23. Aguero, Celma (nascida em 1929, de nacionalidade e formação argentina, estabelecida no México; historiadora e socióloga; cursou o Doutorado do III Ciclo em Sociologia Africana na Sorbonne, sob a direcção de Georges Balandier; coordenou a Área de África do Centro de Estudos de Ásia e África no Colégio do México; foi conferencista na Guiné-Bissau):
- “Ideologia y autoprecepción: la idea de Cabral sobre el estado”, in Estudios Asia y Africa, 18, n.º 3, 1983, pp. 452-472;
24. Almada, José Luís Hopffer C. (cabo-verdiano, jurista):
- O Caso Amílcar Cabral, primeira parte, de 13-05-2007, segunda parte, de 20-05-2007, terceira parte, de 27-05-2007, todas in A semana on line, e quarta parte, com “Breve Nota Explicativa”, de 5 de Abril de 2007 (revisto em 19 de Janeiro de 2008), in www.didinho.org
25. Alumona, Victor S. (Ph. D., Departamento de Filosofia da Universidade de Obafemi Awolowo, Nigéria):
- “Critical Reflection on Amilcar Cabral’s Criteria for Citizenship”, in The Journal of Pan African Studies, Vol. I, n.º 5, 2006, pp. 20-41.
26. Alves, Patricia Villen Meirelles (Brasil, laureada em Jurisprudência na Universidade Católica de S. Paulo e em Filosofia na Universidade Cá Fiscari de Veneza):
- Tra armonia e contraddizione: dall’ideologia coloniale portoghese alla critica di Amilcar Cabral, Pádua, Il Poligrafo, 2010 (sobretudo toda a parte II: “Il mondo che l’anticolonialismo di Cabral inizio a ‘construire’”, pp. 105 a 173).
27. Amado, Leopoldo (bissau-guineense, doutorado, em História, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa com a tese: Guerra Colonial versus Guerra de Libertação (1963-1974): o caso da Guiné-Bissau, 2005):
- Guerra Colonial e Guerra de Libertação Nacional (1950-1974) – o caso da Guiné-Bissau, Lisboa, IPAD, 2011 (sobretudo, Capítulo VI: “O legado político de Amílcar Cabral”, pp. 366 a 382).
28. Andrade, Mário Pinto de:
- “Amílcar Cabral: profil d’un révolutionnaire africain”, in Présence Africaine, n.º 86, 1973 (texto de referência, até pela então recente morte de Amílcar Cabral, reeditado no n.º 185-186, especial e comemorativo, sob o tema “Repenser les indépendances”, 2012, pp. 81-94);
- “Amílcar Cabral et l’idéologie de la libération nationale”, in AAVV, Luttes de libération – Nouveaux Acteurs et Nouveaux Objectifs?, Roma, Fundação Internacional Lelio Basso, 1985, pp. 40-47.
29. Benot, Yves (francês, historiador, jornalista e militante anticolonialista, 1920-2005):
- “Amílcar Cabral and the International Working Class Movement”, in Latin American Perspectives, nº 11, Vol. 2, 1984, pp. 81-96.
30. Cardoso, Carlos (bissau-guineense, doutorado em filosofia pela Universidade de Jena/RDA , sociólogo, administrador de programas no Conselho para o Desenvolvimento da Investigação em Ciências Sociais, CODESRIA):
- “Relendo Amílcar Cabral 33 anos após a sua morte”, in AAVV, A Guiné-Bissau Contemporânea. Estudos pós-coloniais, Torino, L’Harmattan Itália “Lusitanica”, 2008;
- “Revisitando o conceito de desenvolvimento no pensamento de Amílcar Cabral”, publicado in www.didinho.org/
31. Chabal, Patrick :
- « The Social and Political Thought of Amilcar Cabral : A Reassessment », in Journal of Modern African Studies, n.º 19, Vol. 1, 1981, pp. 31-56.
32. Colin, Roland (antropólogo, especialista sobre o Senegal, professor na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, nas Universidades de Vincennes e Paris III e na Fundação Nacional de Ciências Políticas):
- “La pensée et la pratique sociale d’Amilcar Cabral sur les chemins de l’histoire”, in Présence Africaine, n.º 185-186, especial e comemorativo, sob o tema “Repenser les indépendances”, 2012, pp. 95-105.
33. Correia, Pedro de Pezarat (Oficial general do Exército, elemento destacado do MFA , professor universitário):
- “Amílcar Cabral, o combatente da libertação colonial e o cidadão africano”, in e-Working Papers, Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto (CEAUP), 2007.
34. Coutinho, Ângela Sofia Benoliel (Cabo Verde, historiadora, CESNOVA/Universidade Nova de Lisboa):
- Les dirigents du PAIGC – étude de parcours individuels, de stratégies familiales et d’idéologie (tese de doutoramento), Paris, Université de Paris I, 2004.
35. Davidson, Basil
- “Cabral, Amílcar Lopes”, in Barreto, António, e Mónica, Maria Filomena (coord.), Dicionário da História de Portugal – VII , Porto, Figueirinhas, 1999.
36. Duarte, Manuel (Cabo Verde, 1929-1982, jurista e ensaísta):
- “Cabral e a legalidade internacional (Cabral e a luta pelo Direito)”, in Caboverdianidade, Africanidade e outros textos, Mindelo, Spleen edições, 1999, pp. 59-89.
37. Gamacchio, Piero (Itália, director do “Centre d’études sur l’Afrique contemporaine - CESAC”):
- “Il pensiero político di A. Cabral e i problemi della transizione in Guinea”, in AAVV, Luttes de libération – Nouveaux Acteurs et Nouveaux Objectifs?, Roma, Fundação Internacional Lelio Basso, 1985, pp. 48-56;
38. Chouala, Yves Alexandre (Camarões, investigador na Universidade de Yaoundé):
- “Amilcar Cabral et les guerres civiles dans les Pays Lusophones d’Afrique” (contribuição apresentada no Colóquio Lusofonia em Africa: História, Democracia e Integração Africana, organizado pelo CODESRIA, Maputo, 12-14 de maio de 2005);
39. Ferreira, Eduardo Sousa (doutorado em Economia; dirigiu o Centro de Estudos da Dependência (CEDEP); os seus estudos coloniais foram sobretudo redigidos no estrangeiro e antes do “25 de Abril”):
- “A teoria da libertação de Amílcar Cabral e as causas do seu assassinato”, apud África Austral – o passado e o futuro, Lisboa, Seara Nova, 1997 (originalmente publicado na revista Ufahamu, Vol. III , n.º 3, 1973).
40. Idahosa, Pablo Luke Ehioze (Ph. D. em Ciência Política, Director de Estudos Africanos, Universidade de Toronto, Canadá):
- “Going to the People: Amílcar Cabral’s Materialist Theory and Practice of Culture and Ethnicity”, in Lusotopie, 10, 2002/2, Karthala, Paris, pp. 29-58.
41. Lopes, Carlos:
- “As dominantes teóricas no pensamento de Amílcar Cabral”, in Revista Internacional de Estudos africanos, n.º 2, 1984, pp. 63-91 (também in Para uma leitura sociológica da Guiné-Bissau, Lisboa/Bissau, Edição ES, 1988, pp. 165-195);
42. Mateus, Dalila Cabrita (historiadora e investigadora no Centro de Estudos de História Contemporânea Portuguesa):
- A Luta pela Independência – A Formação das Elites Fundadoras da FRELIMO, MPLA e PAIGC, Mem Martins, Inquérito, 1999.
43. Marrocu, Franco (italiano, professor universitário em Cagliari):
- Nazionalismo et identità negli intellectuali africani delle colonie portoghesi. Il caso del Capo Verde, Tese de Doutoramento, Tomo I (citado por Julião Soares Sousa, op. cit., p. 565);
- “Les voies du changement social chez A. Cabral e A. Gramsci: exemples de concepts opérationnels et points de contact”, in Fundação Amílcar Cabral, Que Estados, que Nações em Construção nos Cinco?, Colóquio Internacional (Praia, 1996), Praia, 1998, pp. 57-71.
44. Neves, José (doutorado em História no ISCTE, professor universitário):
-“Marxismo, Anticolonialismo e Nacionalismo: Amílcar Cabral, a imaginação ‘a partir de baixo’”, Paper apresentado no IV Congresso Internacional Marx-Engels, Centro de Estudos Marxistas da UNICAMP, Campinas, São Paulo, 2005.
45. Pereira, Daniel A. (cabo-verdiano, embaixador e historiador).
- “Amílcar Cabral: da actualidade do seu pensamento: uma outra opinião”, in Universitas Relações internacionais, Brasil, Vol. 10, n.º 1, 2012, pp. 151-156
46. Rabaka, Reiland (EUA, professor associado na Universidade do Colorado at Boulder):
- Africana critical theory: reconstructing the black radical tradition, from W.E.B. Du Bois and C.L.R. James to Frantz Fanon and Amilcar Cabral, Lexington Books, 2009 (sobretudo, Capítulo 6: “Amilcar Cabral: Using the Weapon of Theory to Return to the Source(s) of Revolutionary Decolonization and Revolutionary Re-Africanization”, pp. 227 a 283).
47. Silva, Antonio E. Duarte (constitucionalista e professor universitário):
- “Cabral, Amílcar Lopes”, in Rosas, Fernando, e Brito, J. M. Brandão de, Dicionário de História do Estado Novo, Volume I, Círculo de Leitores, 1996;
- “Amílcar Cabral e o direito da descolonização”, in Estudos em Homenagem a Miguel Galvão Teles, Vol. II, Coimbra, Almedina, 2012, pp. 879-902.
48. Sousa, Julião Soares:
- “Os movimentos unitários anti-colonialistas (1954-1960). O contributo de Amílcar Cabral”, in AAVV, Colonialismo, Anticolonialismo e Identidades Nacionais, Estudos do Século XX, n.º 3, Coimbra, Quarteto, 2003, pp. 323-349;
- “O fenómeno tribal, o tribalismo e a construção da identidade nacional no discurso de Amílcar Cabral”, in AAVV, Comunidades Imaginadas. Nação e nacionalismo em África, Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2008, pp. 161-172;
- “Amílcar Cabral: um contemporâneo de Francisco José Tenreiro no Portugal dos anos 40/50”, in Mata, Inocência, Francisco José Tenreiro: as múltiplas faces de um intelectual, Lisboa, Colibri, 2010.
49. Adenda incluindo quatro artigos referenciados e comentados por Ronald H. Chilcote, Amílcar Cabral’s…, cit. :
49.1. Bienen, Henry (EUA, Ph. D. em 1966, na Universidade de Chicago):
- “State and Revolution: The Work of Amílcar Cabral”, Journal of Modern African Studies, 15, n.º 4, 1977, pp. 555-568;
49.2. Blackey, Robert (EUA; professor de direito):
- “Fanon and Cabral: A Contrast in Theories of Revolution for Africa”, in Journal of Modern African Studies, 12, n.º 2, 1974, pp. 191-209;
49.3. Bockel, Alain (França; professor de direito; conselheiro cultural em Pretória):
- “Amílcar Cabral: marxiste africain”, in Ethiopiques, 5, Janeiro de 1976, pp. 35-59;
49.4. McCollester, Charles (então estudante de filosofia, doutorado em Lovaina em 1970, posteriormente Director do “Pennsylvania Center for Study of Labor Relations” e professor na Universidade de Indiana; o artigo, apontando divergências entre a metodologia de AC e o marxismo, faz, segundo Chilcote, uma “apresentação muito lúcida”):
- “The African revolution: theory and practice: the political thought of Amílcar Cabral”, in Monthly Review, Vol. 24, n.º 10 (1973).
IV - GUIAS BIBLIOGRÁFICOS
50. Chilcote, Ronald H., Amílcar Cabral’s – Revolutionary Theory and Practice – A Critical Guide, 1991 (3 núcleos bibliográficos anotados)
51. Galli, Rosemary E., Guinea-Bissau, Clio Press, 1990 (World Bibliographical Series, Vol. 21), Oxford/Santa Bárbara, 1990 (capítulo autónomo para Amílcar Cabral: 45 itens, anotados)
52. Lobban, Richard Andrew e Mendy, Peter Karibe, Historical dictionary of the Republic of Guinea-Bissau, 3.ª ed., The Scarecrow Press, 1997 (Capítulo 11B. About Amilcar Cabral, pp. 364/367);
53. Santos, Mário Beja, e Silva, Francisco Henriques da, Da Guiné Portuguesa à Guiné-Bissau: Um Roteiro (em preparação, a publicar em 2013).
V - CRITÉRIOS E CONCLUSÕES: AMÍLCAR CABRAL E OS LIVROS
a)- As obras aqui seleccionadas reportam-se quer ao pensamento político (teoria e/ou filosofia) quer à estratégia e direcção político-militar de Amílcar Cabral. Excluem-se, portanto, as abordagens predominantemente literárias, culturais, económicas ou ecológicas.
b)- Não se referenciam - considerados enquanto processos - nem a luta de libertação nacional, nem o assassinato de Amílcar Cabral, nem a descolonização portuguesa, nem o Estado pós-colonial bissau-guineense.
c)- Não se referenciam a própria bibliografia de Amílcar Cabral nem a bibliografia sobre tal bibliografia.
d)- Não se referenciam entrevistas, depoimentos, memórias ou reportagens.
e)- Apenas se compilam trabalhos de natureza académica (teses, monografias e analíticos publicados em locais “científicos”) realizados por “académicos” (em sentido amplo: carreira, graduação ou equiparação). Excluem-se, por isso, trabalhos de natureza jornalística ou política, textos de editores, coordenadores, ONG (em sentido amplo e retroactivo) e afins.
f)- Mesmo perante todos estes critérios e restrições, os investigadores e as investigações (académicas) sobre Amílcar Cabral contam-se em elevado número. Os trabalhos foram sobretudo preparados nas décadas finais do século passado (anos oitenta e noventa), muitos publicados no início do século XXI e prosseguem, diacrónicamente, nos tempos recentes, agora que estão passados quarenta anos sobre o seu assassinato.
g)- Amílcar Cabral é conhecido e estudado em todo o mundo. Há investigadores de muitas nacionalidades, dispersos sobretudo pela Europa, América e África, embora prevaleça uma sede europeia, mesmo para os estudiosos estrangeiros. As provas académicas (mestrados e doutoramentos) ocorreram em França, Grã-Bretanha, Portugal, Itália e (um mestrado) Brasil. Surpreendem quer a escassez de investigações em língua espanhola quer as lacunas brasileiras, neste último caso contrastando com os estudos pós-coloniais, actualmente aí realizados por estudantes bissau-guineenses.
h)- É escassa a investigação de origem cabo-verdiana que – salvo uma tese inédita sobre os dirigentes do PAIGC – ainda não produziu obra de fôlego. Actualmente, os autores bissau-guineenses vivem (ou estudam) no estrangeiro; na República da Guiné-Bissau, a memória e a investigação sobre Amílcar Cabral (que não o seu mito) desapareceram há muito tempo. Nos demais países africanos de língua portuguesa, Amílcar Cabral só surge nos livros de memórias.
i)- As primeiras teses (doutoramentos e mestrados) incidiram nas áreas de Ciência Política e Sociologia; mais recentemente, predomina a História.
j)- A investigações foram realizadas, sobretudo, nas línguas inglesa, francesa, italiana e portuguesa. Mas também há investigação redigida originalmente em alemão, espanhol, russo e sueco.
l)- Já que também se destacou como dançarino e futebolista remata-se com um retrato livresco e diplomático:
«No dia seguinte ao da minha chegada [a Conacri] recebi uma visita totalmente inesperada; mas agradável e sobejamente proveitosa: Amílcar Cabral. Suponho que esta visita foi promovida pelo Presidente [Sékou Touré]. Pela primeira vez, tinha perante mim um dirigente revolucionário, anticolonialista, subsahariano, em luta aberta contra Portugal e chefe do PAIGC. Era jovem, possuía uma cultura europeia e pela sua maneira de estar e facilidade de exposição denunciava uma formação humanista fora do comum. Com uma linguagem coerente e sem qualquer propósito de impressionar abordava o tema com tal soltura e profissionalismo que me recordava uma aula universitária. Falava como um livro […]».
[Jorge Serguera Riverí (Papito), in Che Guevara: la clave africana – Memórias de un comandante cubano, embajador en la Argelia postcolonial, Jaen, Liberman, 2008, pp. 82/83]
António Duarte Silva
É bestial a profusão de tempo e matéria cinza gasta pelos ideólogos. Sabemos que a ideologia é um dos maiores crimes do século XX contra a humanidade. Para Vexa não é preciso escrever exemplos, pois não?
ResponderEliminarNunca alguém se preocupou como os portugueses lidaram com os povos das colónias e com elas. Vejam o que se passou com os retornados. Nenhum ficou à espera dum subsídio. Hoje, não há retornados; há gente que trabalhou e criou riqueza para si, para sua família e para a metrópole.
Mesmo o Brasil tem a sua dimensão territorial graças a decisões do M. de Pombal. Foram daqui, por barco, fortificações pré-fabricadas, para serem construídas nas fronteiras (criadas por nós) com as possessões de Castela. Se foram alombadas por escravos, Amazonas acima, não interessa, à luz da verdade da época. Mas foram feitas.
Desde sempre, em qualquer civilização os bons estiveram-se nas tintas para os inferiores.
Cumprimentos