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Ruby Nell Bridges, 1960.
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Normal Rockwell, The Problem We All Live With, 1964.
Recriação melhorada do quadro de Norman, por Margarida, 2012.
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A própria da artista.
O
pai da Margarida contou aqui a história de Ruby Bridges. Aos seis anos de idade,
Ruby Bridges foi uma heroína pequenina, mas grande, da luta contra o racismo na
América. Durante um ano lectivo, atravessou multidões enfurecidas que
a insultavam e que a ameaçavam só porque não queriam que ela estudasse ao lado de meninos brancos. Todos os
dias, sem falhar um só, Ruby chegava à escola, sentava-se numa sala vazia, na
solidão de si mesma. Sem qualquer colega por perto, assistia às aulas. A
história de Ruby Bridges foi imortalizada por Norman Rockwell num quadro que
ficou famoso – o pai da Margarida também escreveu como pôde, e do pouco que
soube, sobre esse quadro que ficou famoso. O texto do pai era um presente de
aniversário para a Margarida. A Margarida ficou toda comovida, mais com a
história de Ruby do que com o texto do pai. Decidiu Dona Margarida fazer um desenho parecido
com o quadro de Norman Rockwell, mas em melhor. O pai ficou todo comovido, mais
com o desenho a lápis da Margarida do que com o quadro a óleo do Norman Rockwell. Então, mandou
o desenho por correio a Ruby Bridges. Os meses passaram, acabou o Verão e
caiu o Outono, sobrevivemos juntos a mais um Natal. A Margarida já se tinha
esquecido do desenho e da carta que o pai mandara a Ruby Bridges. O pai da Margarida, quando
se lembrava da carta, lamentava a perda do desenho a lápis, melhor que um Rockwell, e
deitava contas ao preço dos selos, daqueles mesmo caríssimos, capazes de atravessarem o Atlântico (que é grande). Julgou
que, sendo Ruby Bridges uma personagem tão histórica e famosa, não iria perder
tempo com os desenhos que recebe diariamente das margaridas do mundo inteiro.
Há uns dias passados, já neste Janeiro, o senhor carteiro trouxe do estrangeiro um
livro sobre Ruby Bridges. Assinado pela própria Ruby e com uma dedicatória de Natal para
a Margarida. A miúda ficou aos pulos que nem imaginam aquela felicidade. Agora só
falta escrever, no inglês possível, a carta de agradecimento. Lá irá a carta, com selos
caríssimos, daqueles transatlânticos. O pai da Margarida já anda a ficar um bocadinho irritado com esta
falta de educação por parte da filha que lhe calhou em sorte. Que lhe calhou em
sorte, muita. O pai da Margarida sou eu. E tu és eu, Margarida.
Para a Joana e para a Leonor, que também são gente.
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fantástica aventura transatlântica e que sorte tal pai e tal filha :)
ResponderEliminarverdadeira escola!
Estes sao os 'pequenos' acontecimentos q interessam e não saber se o marcelo falou ou não com o soares e mais o raio q os partam. Boa, antónio e margarida!
ResponderEliminarJcortes
Que orgulho dos 'meus meninos' Margarida e António!
ResponderEliminarMargarida (a outra)
Ena!
ResponderEliminarSnif, ... que lindo...; parabéns, Margarida...
E, sabes? O meu pai também se chamava António, vê lá as coincidências!
E eu também gosto de desenhar, mas não o faço tão bem como tu.
Que livro lindo ganhaste!
Beijinhos, linda Margarida!